“Disseram-me que Deus me ama, e ainda assim a escuridão, o frio e o vazio são tão grandes que nada toca minha alma. Terei eu errado ao me entregar cegamente ao chamado do Sagrado Coração?”


Quem ler a declaração acima jamais imaginaria que foi dita por alguém que cruzou o século XX como a representação perfeita da boa cristã. Alguém com uma dúvida tão grande ao ponto de nada tocar-lhe a alma não pode ser alguém que se diz cristão. Ser cristão não é aquele que se diz pertencer a Cristo? E como pode alguém pertencer a Cristo e viver às cegas? O mais contraditório nisso, contraditório não, paradoxal, é que as palavras em destaque foram pronunciadas por alguém que teve sessenta anos ininterruptos de sua vida dedicados aos miseráveis, doentes e abandonados, ao que lhe rendeu o título de “santa das sarjetas”, bem como um prêmio Nobel da Paz em 1979. Tanto esforço, tantas obras, tanto altruísmo, e Madre Tereza de Calcutá morreu sem ter certeza de que Deus a amava. Não só isso, mas partiu para a eternidade adentro na escuridão, no frio e no vazio. Isso é o que dá quando a fé é sinônimo de obras, religiosidade e seus desdobramentos. Neste caso, no fim das contas, descobre-se que todas as obras de justiça praticadas por alguém não passavam de trapos de imundície.

Pobre Madre Tereza de Calcutá. No íntimo, a religiosa, que dizia enxergar a iluminação divina em todos os lugares, lutava para acreditar no que pregava. Pregava que Deus amava a todos, mas duvidava do amor de Deus. Pregava a luz, mas não foi capaz de enxergar o que a esperava depois da morte. Pregava a verdade, mas sempre andou no caminho da dúvida e da incerteza. Tudo isto não teríamos conhecimento se não fosse revelado no livro Mother Teresa: Come Be My Light (Madre Teresa: Venha Ser Minha Luz), lançado nos Estados Unidos. Revelações feitas também pela Revista Veja de 5 de setembro de 2007, página 86. Quem insiste em agradar a Deus com suas obras, acabará com os burros n’água. Simples: se fosse possível a paz com Deus por intermédio de obras praticadas em nome de uma religião, ou seja lá em nome de quem for, o próprio Deus, do alto de sua sabedoria, teria poupado Seu próprio Filho da morte. Se fosse possível, mesmo de longe, a salvação pela guarda do sábado ou do domingo, pela obediência ou perseverança, pela caridade ou altruísmo, por seguir os passos de Jesus ou por andar no “caminho estreito”, tudo isto não faria sentido a morte e ressurreição do Senhor Jesus.

Quem se agarra ao sábado, pai nosso, perseverança, acabam como Madre Tereza de Calcutá: na escuridão e incerteza profundas. Mas como coisa própria de religioso é querer merecer, os tais andam sempre na contra mão e agarrados a sua teimosia. Não querem abrir mão daquilo que possuem: seus credos e suas próprias verdades. Acham que a tradição de seus pais ou até mesmo aquilo que aprenderam com seus líderes religiosos satisfazem suas vidas e dão conta da realidade. Enquanto o apóstolo Paulo afirma, inspirado pelo Santo Espírito do Eterno que: “pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie.” Efésios 2:8,9, muitos teimam não abrir mão do seu ego e criar lá seu jeitinho de tampar o vazio da sua alma. Se Madre Tereza de Calcutá tivesse aberto mão de sua religiosidade e se tivesse apelado para o Senhor Jesus não viveria em contradição entre o que pregava e seu mundo interior nem tão pouco teria partido com um vazio do tamanho de sua alma!

Aos remidos, graça e paz!


Imaginemos: uma mercadoria partindo da cidade do Recife para ser entregue em São Paulo, capital. O transporte responsável pelo trajeto tem uma rota definida pela logística. Ao sair da rota, indo por destino diferente, Brasília por exemplo, diz-se que houve um desvio de percurso ou que simplesmente que o transporte se desviou. Sob essa ótica, desviar-se é sair do caminho determinado. Ao desviar-se, pode-se dizer que o transporte que saiu de sua rota perdeu-se, seja essa perdição provocada ou não. E muitas vezes, ou sempre, a fuga do destino acarreta em consequências graves.

Sobretudo, tem-se que ter em mente que, se houver desvio no percurso, houve falhas no processo. Sejam essas falhas por parte de que planeja, seja por parte de quem executa. O que se deduz que o processo é passível de falhas, possui brechas, sendo um processo pífio, carente de reparos e por isso desacreditado. Por incrível que pareça, há quem transfira essa fragilidade toda para o plano salvador. Funciona assim: Deus (logo quem, Deus o Grande Eu Sou), pois bem, Deus arquitetou um plano desde a eternidade, plano este que possibilitou ao homem a vida eterna e tudo isto de graça, sem participação humana nenhuma, somente por um ato de fé cofiança naquilo que já foi consumado pelo Salvador. Agora, estando de posse da vida eterna (que tamanho tem a vida eterna?), o miserável do pecador teria que trabalhar, ser fiel, obedecer, carregar a cruz, andar pelo caminho apertado, ou seja lá que nome queiram dar, para assim não se desviar e ter que perder a vida eterna (que neste caso não seria eterna).

Os que admitem a possibilidade absurda (absurda no sentido mesmo da palavra) de alguém se desviar do Senhor e assim perder a salvação admitem também, por força da lógica, que a salvação é um processo e não um ato de fé confiança no sangue do Senhor e que houve falhas no plano da salvação, arquitetado pelo próprio Deus. O homem que nasceu de novo pela invocação do nome do Senhor, única e exclusivamente, teria que desnascer para poder voltar ao estado de perdido. Tal anomalia não existe nem no reino da fantasia. Acredita-se que a doutrina do “desvio” nasceu da incredulidade dos religiosos. E como coisa própria de incrédulo é querer merecer, todos que pregam a possibilidade de um salvo vir a perder-se pelo desvio acreditam na salvação pelas obras. Se a salvação é um processo a ser conquistado pela “perseverança” do candidato a salvo, já não é pela graça. Mas como pouca desgraça é bobagem, os que pregam o “desvio” geralmente não dão o braço a torcer para não veem suas vaidades escancaradas e dizem que não, a salvação é pela graça mesmo. Mas quando são colocados a prova, negam a eficácia do sangue do Senhor sobrepondo suas obras.

“Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios” I Timóteo 4:1.

O texto acima diz tudo o que os pregadores da salvação “hoje sim amanhã não” não querem ouvir. O texto diz que nos últimos dias, e se agora não forem os últimos dias não será nunca, alguns apostatariam da fé, mas não da fé salvadora. Isso não cabe nem na cabeça e um alfinete. O texto de I Timóteo 4:1 afirma que alguns se desviariam da fé conjunto de doutrinas. Desviar-se do arcabouço doutrinário não é desviar-se da salvação. E estão desviados da fé conjunto de doutrinas, isto sim, todo aquele que prega e ensina a “doutrina” do desvio. E no desespero de manter suas ovelhas sempre dóceis, os pregadores do “desvio” citam textos da lei, dos salmos, das parábolas e textos escatológicos, todos os textos na sua maioria direcionados exclusivamente aos filhos de Israel. Os pregadores dessa coisa, a “doutrina do desvio", é que estão desviados pelo ensino à margem da Palavra de Deus. Se salvos, hão de passar sérios vexames perante os olhos do Senhor. Quem não deve, não teme!

Aos remidos, graça e paz!


Quem quer que maneje a Palavra do Altíssimo, tem que saber que os termos REINO DOS CÉUS e REINO DE DEUS apontam para situações diferentes. Este é um conhecimento primário, necessário, e todo aquele que ama a verdade deve dominar. Do contrário, trocará os pés pelas mãos. Foi o que aconteceu com o nobre Leandro Quadros. No afã de acertar a mira, errou do primeiro ao quinto.

No programa Na Mira da Verdade, exibido no dia 23/03/2012, Leandro Quadros foi questionado sobre Mateus capítulo 5 e versículo 19 e acabou por afirmar que, “os que são considerados menores no Reino dos céus, são assim considerados pelos que estão no céu”. E que, no versículo 20 do capítulo 5 de Mateus o Senhor teria afirmado que, “para entrar no céu, é necessário mais que a legalidade dos fariseus” (Veja o Vídeo clicando aqui!). É aquela velha história, se está na Bíblia está na Bíblia e cabe em qualquer lugar. Agora, pergunte se é possível montar uma bicicleta com um pneu de trator... Não dá! O que o Senhor ensinava lá, para os judeus, preceituado pela lei de Moisés porque antes da cruz, não cabe aqui depois do Senhor ter ido à cruz, derramado sua vida e de ter o Pai homologado o sacrifício de Seu filho ressuscitando-O dos mortos.

Pedimos ao leitor a devida atenção para os seguintes detalhes:

O primeiro evangelho a ser proclamado foi o Evangelho do Reino. Inicialmente por João Batista: “E, NAQUELES dias, apareceu João o Batista pregando no deserto da Judéia, E dizendo: arrependei-vos, porque é chegado o REINO DOS CÉUS.” Mateus 3:1 e 2. E depois por Jesus e seus discípulos: “E percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas suas sinagogas e pregando o EVANGELHO DO REINO, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo.” Mateus 4:23. “E percorria Jesus todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas deles, e pregando o EVANGELHO DO REINO, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo.” Mateus 9:35. “Jesus enviou estes doze, e lhes ordenou, dizendo: Não ireis pelo caminho dos gentios, nem entrareis em cidade de samaritanos; Mas ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel; E, indo, pregai, dizendo: É chegado o REINO DOS CÉUS.” Mateus 10:5-7.

Para distinguir melhor entre Reino dos Céus e Reino de Deus, o leitor deve fazer o seguinte confronto:

Mateus 5:3: “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o REINO DOS CÉUS”.

Lucas 6:20: “E, levantando ele os olhos para seus discípulos, dizia: Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o REINO DE DEUS.”

Mateus 19:14: “Jesus, porém, disse: Deixai os meninos, e não os estorveis de vir a mim; porque dos tais é o REINO DOS CÉUS.”

Marcos 10:14: “Jesus, porém, vendo isto, indignou-se, e disse-lhes: Deixai vir os meninos a mim, e não os impeçais; porque dos tais é o REINO DE DEUS”.

Lucas 18:16: “Mas Jesus, chamando-os para si, disse: Deixai vir a mim os meninos, e não os impeçais, porque dos tais é o REINO DE DEUS.”

Na verdade, existe uma aparente dificuldade em diferençar as expressões Reino dos Céus e Reino de Deus. Mas só através dos confrontos analíticos entre Mateus, Marcos e Lucas é que as aparentes dificuldades serão dissipadas.

É no evangelho de Lucas que vemos os subsídios que vão esclarecer a definição das duas expressões e demonstra que, a despeito de grafar sempre REINO DE DEUS, Lucas tinha em mente situações diferente. Perceba: “E, interrogado pelos fariseus sobre quando havia de vir o REINO DE DEUS, respondeu-lhes, e disse: o REINO DE DEUS não vem com aparência exterior. Nem dirão: Ei-lo aqui, ou: Ei-lo ali; porque eis que o REINO DE DEUS está entre vós.” Lucas 17:20 e 21. Ora, se o REINO DE DEUS não vem com aparência exterior, então a revelação do Filho do Homem com poder e grande glória não é e não significa REINO DE DEUS: “E haverá sinais no sol e na lua e nas estrelas; e na terra angústia das nações, em perplexidade pelo bramido do mar e das ondas. Homens desmaiando de terror, na expectação das coisas que sobrevirão ao mundo; porquanto as virtudes do céu serão abaladas. E então verão vir o Filho do homem numa nuvem, com poder e grande glória. Assim também vós, quando virdes acontecer estas coisas, sabei que o REINO DE DEUS está perto.” Lucas 21:25-27, 31. Justamente aqui, Lucas grafou REINO DE DEUS, mas tinha em mente o REINO DOS CÉUS. Perceba o leitor que, segundo o texto grafado por Lucas 17: 20 e 21, o REINO DE DEUS é totalmente subjetivo, quer dizer, está instalado dentro de cada remido. Já o REINO DOS CÉUS virá com aparência exterior, que será antecedido de vários sinais como os descritos em Lucas 21:25-27.

Ora, quando o Senhor Jesus anunciava o Evangelho do Reino dos Céus (especificamente Evangelho do Reino) tinha em mente a restauração do reino de Israel com a implantação do governo do Senhor sobre a Terra durante o qual o lobo com o cordeiro morarão juntos, o leopardo com o cabrito se deitará, um menino pequeno guiará tanto a ovelha quanto o bezerro e o filho de leão, Isaías 11:6-9. E não foi para isto que o Senhor Jesus nasceu? Assim consta: “E eis que em teu ventre conceberás, e darás à luz um filho, e por-lhe-ás o nome de Jesus. Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai, e REINARÁ ETERNAMENTE E O SEU REINO NÃO TERÁ FIM” Lucas 1:31-33. Foi justamente o estabelecimento deste reino anunciado primeiro por João Batista, depois por Jesus e em seguida pelos seus discípulos que o termo REINO DOS CÉUS apontava.

Como só pode haver testamento com a morte do testador, Hebreus 9:16 e 17, o Senhor Jesus não podia anunciar um Novo Testamento enquanto viva, sendo Ele próprio o testador da Nova Aliança, a tônica da mensagem do Evangelho do REINO era a lei de Moisés com todos os seus rigores. Para se entrar no Reino era exigido nada mais nada menos que justiça própria: “Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no REINO DOS CÉUS”, Mateus 5:20. Para participar do REINO DOS CÉUS, teoria sem prática era a mesma coisa que água de ralo abaixo: “Qualquer, pois, que violar um destes menores mandamentos e assim ensinar aos homens será chamado o menor no REINO DOS CÉUS”, Mateus 5:19. “Um destes mandamentos”! A que mandamentos o Senhor se referia? Aos mandamentos dados por Deus aos filhos de Israel por intermédio de Moisés. Não havia nada como: “Pela graça sois salvos”, Efésios 2:8 ou “Mas, àquele que não pratica, porém crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça”, Romanos 4:5.

O REINO DOS CÉUS não deve ser confundido com o REINO DE DEUS nem confundido com o CÉU. Nem o EVANGELHO DO REINO ser confundido com o EVANGELHO DA GRAÇA. Teimar nisso é desconsiderar conhecimentos primários da Palavra de Deus e considerar mais sua vaidade, sua “teologia”, seu movimento religioso do que a própria verdade de Deus. Pelo que se vê, Leandro Quadros errou e a mira passou longe da verdade.

Aos remidos, graça e paz!


Nas Sagradas Escrituras, que é o que interessa, não nas escrituras de Calvino nem nas escrituras de Spurgeon é claro, consta o seguinte: “A vontade de Deus é que todos os homens sejam salvos e venham ao pleno conhecimento da verdade” I Timóteo 2:4. Aqui, vê-se a presença de duas grandes verdades que abalam o coração de muitos pregadores da coisa esquisita que eles chamam de “predestinação”. Porque ambas as verdades aqui contidas detonam com essa teoria, a teoria da predestinação fatalista, criada por Calvino e sua turma. A primeira grande verdade é a verdade resultante do incomensurável amor de Deus. Ele simplesmente quer que todos os homes sejam salvos, nada mais. E não haveria de querer se já houvesse determinado que só alguns chegariam à luz. Deus não é moleque para prometer algo que Ele mesmo já houvera tornado impossível. Daí dizer que Deus já determinou alguns para a bênção e outros deixou ao acaso é querer manchar o caráter Daquele que não se deixa escarnecer! Deus amou ao mundo, a todos do mundo, e os queria salvos. Se era de Sua vontade que todos os homens fossem salvos, então nunca teria escolhido uns e desprezado os demais. Por causa desta verdade, o que tem de pregadores da predestinação fatalista querendo arranjar um jeitinho (o jeitinho brasileiro, talvez) de interpretar o texto de I Timóteo 2:4 ao seus ajustes não está na história.

A segunda grande verdade é que Deus quer que todos os salvos cheguem ao pleno conhecimento da verdade. A maioria dos remidos tem conhecimento de algumas verdades e às vezes demonstram algumas profundidades, mas esta não é a vontade de Deus. Sua vontade é que os remidos tenham pleno conhecimento da verdade. Muitos satisfizeram a primeira verdade contida no texto de Timóteo, mas não quiseram prosseguir em conhecer a verdade. é verdade que não exista alguém que conheça a verdade em sua plenitude, mas existem remidos que não se dão por vencidos e que, a cada dia, caminha em direção a esta plenitude sabendo que são aprazíveis a Deus nesse intento. A oposição a uma doutrina contrária à Bíblica, cruel e antagônica ao caráter de Deus, não poderia revelar em ninguém o conhecimento pleno da verdade e nem um conhecimento elementar.

A coisa chamada de Predestinação Fatalista é de todo insustentável. Se a Predestinação for uma verdade, por que teria alguém de orar pelo seu marido? Se este tal já foi eleito será salvo, mas se não foi não adianta orar pelo tal. Eis aí um nó que deixa muitos defensores da tal predestinação de dedos calejados, complicado de desatar. Se alguns já foram eleitos, determinados, predestinados, antes mesmo de alguém nascer, qual sentido do “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura”, se quem já foi eleito será salvo, nem que o papagaio lhe entregue a mensagem? Será que a pregação só faz sentido porque não se sabe a quem Deus escolheu? E o próprio Deus não o sabe? Defender uma mentira do tamanho da Predestinação Fatalista requer ginásticas mentais enormes e vista grossa para muitas escrituras que definem o contrário, isto é, que Deus amou a todos e a todos deu a mesma chance.

Sem saber como sair da camisa de força que é insistir nessa pregação do mundo cego, muitos se enrolam e se contorcem para não admitirem que, se admitindo essa “verdade” criada em laboratório particular como verdade, muitos perdidos chegariam do lado de lá da existência se gloriando: “só estou aqui porque fui rejeitado e não me deram chances de escolha”. Mas que barbaridade. Mas que absurdo de “evangelho”. Isso nunca foi evangelho. O evangelho da Graça do Senhor Jesus não comunga com essas obras da carne, com essas heresias. Deus, sábio que é, jamais admitirá que um pecador venha a alegar tal coisa. Que honra teria Deus abandonando tais pecadores à perdição? Pobres pregadores da tal Predestinação Fatalista! Terão que ter habilidade de sobra para desatar esse nó diante da justiça do Eterno!

Aos remidos, graça e paz!


Natanael Rinaldi é um apologista (aquele que vive para defender a fé de forma racional). E além de ser apologista, ele também é um dos maiores combatentes no Brasil do movimento Adventista. Rinaldi publicou em 25 de março de 2012, no site do Centro Apologético Cristão de Pesquisas (CACP), uma entrevista intitulada “‘A Grande Esperança’ ou mais uma heresia?”, que trata de uma análise do livro “A Grande Esperança” de autoria de Ellen G. White. Dentre muitas afirmações por parte de Rinaldi a respeito desta obra, destaca-se: “as citações da Bíblia contidas no livro parecem apoiar os ensinos estranhos do Adventismo”, o sábado “é apontado como meio para ganhar a vida eterna”, “os Adventistas não guardam o sábado”, e o apologista termina por rejeitar o livro A Grande Esperança. Aí não deu outra, alfinetou Leandro Quadros e seu grupo, que acabou expondo “o seu grande conflito”.

Para rebater as afirmações do apologista Natanael Rinaldi, Leandro Quadros se valeu, não das Escrituras Sagradas, mas da Sra. Ellen White e afirmou:

“Além do mais, se Rinaldi realmente conhecesse o livro O Grande Conflito, saberia que, para Ellen White e os adventistas, muitos observadores do domingo que foram sinceros, e viveram de acordo com a luz que receberam, estarão no céu: ‘Mas os cristãos das gerações passadas observaram o domingo, supondo que em assim fazendo estavam a guardar o sábado bíblico; e hoje existem verdadeiros cristãos em todas as igrejas, não excetuando a comunhão católica romana, que creem sinceramente ser o domingo o dia de repouso divinamente instituído. Deus aceita a sinceridade de propósito de tais pessoas e sua integridade’”.

Ora, muitos “observadores” do domingo estão no céu? É possível viver sem observar o sábado e ir para o céu? Conforme a afirmação de Leandro Quadros, para Ellen White e os adventistas sim! Isso não é contradição? Não é entrar num “Grande Conflito” no desespero em defensa daquilo que já foi resolvido na cruz? E se por ser sincero, mesmo trocando o sábado pelo domingo (o que seria abominável perante a Lei de Moisés), e vivendo de acordo com a luz que recebem é possível ir para o céu, por que tanta confusão com apenas um dos 613 mandamentos da Lei de Moisés dada por Deus aos filhos de Israel?

Parece que Leandro Quadros se enrolou e acabou criando um monstro maior que o monstro criado por Ellen White. Se enroscou com o sábado e o domingo para defender “A Grande Esperança” confusa. Para desfazer essa confusão, esqueceu, ou não quis, mostrar que “O fim da Lei é Cristo para a JUSTIÇA de todo aquele que crê” Romanos 10:4 e que “Cristo nos resgatou da maldição da Lei, fazendo-se maldição por nós” Gálatas 3:13, e que ainda “Nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” Romanos 8:1 etc. Essa sim é a grande esperança: Cristo Jesus. Fora sábado, fora domingo, fora Ellen White, todos fora! Apontar o Senhor Jesus como único e SUFICIENTE meio para a salvação é dizer a verdade que Deus diria se aqui pregasse e evidenciar a única esperança legítima. Fora isso, é castelo construído em areia movediça!

Aos remidos, graça e paz!


A palavra do Criador do Universo, Universo que conta com 70 sextilhões de estrelas, entre elas Antares (noventa milhões de vezes maior que o Sol), Sol que tem a massa superior a 1 milhão e trezentos mil planetas Terra, a palavra do Criador, pois, deveria ser tratada com toda reverência possível, com todo cuidado e com o devido zelo. A sentença lá do Velho Testamento, e que dizia respeito aos serviços prestados a Deus pelos filhos de Israel, ecoa também na dispensação da Graça, porquanto, nos tempos da Lei fazer a obra do Senhor descomprometida já Lhe causava desprazer, que dizer, então, da obra que envolve a vida e a morte do Seu próprio Filho? “Maldito seja quem fizer negligentemente a obra do Senhor” Jeremias 38:10.

Existem pregadores que ao invés de defenderem as verdades da Graça as atacam, e o prejuízo é, às vezes, incalculável. Neste mundão religioso, denominado de “Cristão” sobejam os que defendem com unhas e dentes serem donos da verdade. E se seu movimento lá tiver tradição histórica, suas verdades particulares são colocadas acima de qualquer coisa, até mesmo da verdade única da Palavra Daquele que criou o Universo.

Uma dessas pérolas que servem como boia de salvação para muitos religiosos (fora os casos de revelações extras ao sabor dos credos) é o caso do Artigo 26 da Primeira Confissão Londrina de 1642/44. Lá está dito:

“O mesmo poder que converte para a fé em Cristo é o mesmo poder que ajuda a alma diante de todas as responsabilidades, tentações, conflitos e sofrimentos. Todo aquele que é um Cristão, é pela Graça e pela constante operação renovadora de Deus, sem a qual nunca poderia cumprir nenhuma incumbência para Deus ou resistir a nenhuma tentação de Satanás, do mundo e do homem”.

Primeiro, os iluminados do século XVII esqueceram de explicitar o que seria o “poder que converte para a fé em Cristo”. Não explicitaram porque não existe nas Escrituras Sagradas a informação de que existe um “poder” que sai convertendo as pessoas por aí. Existe sim, um poder que CONVENCE as pessoas do pecado, da justiça e do juízo: “E, quando Ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo” João 16:8. Ele, o Santo Espírito, CONVENCE e não CONVERTE. A tarefa de converter e de crer cabe diretamente ao homem. É assim que está escrito: "Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos do refrigério pela presença do SENHOR" Atos 3:19. "E de tudo o que, pela lei de Moisés, não pudestes ser justificados, por ele é justificado todo aquele que crê.” Atos 13:39. “Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego.” Romanos 1:16. “Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê.” Romanos 10:4 etc.

Depois, tomando o termo “Cristão” aqui como “Salvo”, porque é essa a conotação, o que seria a “constante operação renovadora de Deus” sem a qual o salvo nunca poderia cumprir nenhuma incumbência (?) para Deus ou resistir às tentações de Satanás? Ora, se a “renovação” for entendida como uma renovação constante da fé salvadora para que o salvo permaneça salvo, uma espécie de “perseverança”, estaria isto conforme a verdade de Deus? Averiguemos.

Deus promete vida eterna a todos os que creem em Jesus Cristo? Isso parece ser uma verdade incontestável e irrefutável, mas não é! De verdade mesmo só tem a aparência. Quem anuncia o evangelho da graça do Senhor Jesus não pode dar a ninguém o consolo da paz com Deus sem a invocação do Senhor e não pode negar a ninguém a certeza firme, inabalável, inquestionável da salvação eterna do tipo prego batido e ponta virada! Não existe nas Escrituras gregas, de antes e de depois da cruz, nenhuma promessa da parte do Todo Poderoso de vida eterna para os que creem no Senhor Jesus Cristo como seu salvador, como se a salvação ainda dependesse de uma perseverança por parte do salvo, seja essa perseverança de total responsabilidade do salvo ou concedida por Deus numa espécie de ajuda. EXISTE SIM uma promessa, mas para os que crerem.

Os que creem, presente do indicativo, não tem de Deus promessa de vida eterna, porquanto, ao depositarem confiança no poder e na eficácia do sangue do Senhor Jesus, RECEBERAM o selo, o penhor e o batismo com o Espírito Santo, passando de criaturas de Deus a filhos, como consta: “Se com a tua boca confessares o Senhor Jesus e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo” Romanos 10:9. COFESSARES e CRERES estão no futuro do subjuntivo: não existiu nenhuma ação de fato. O verbo SALVAR está flexionado no futuro do indicativo SERÁS SALVO. Tão logo, entretanto, a condição imposta pelo subjuntivo seja satisfeita, quer dizer, o nome do Senhor seja invocado, o que era futuro do subjuntivo passa a ser PRETÉRITO ou PASSADO. E o verbo SALVAR deixa de estar no futuro do indicativo SERÁS, passando também para o PASSADO, FOSTES!

Neste contexto, afirmou o apóstolo: “Não RECEBESTES o espírito de escravidão para outra vez ESTARDES em temor. Mas RECEBESTES o Espírito de adoção de filhos pelo qual clamamos Aba Pai”. “O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus, e porque sois filhos, Deus ENVIOU aos nossos corações o Espírito de Seus filho que clama: Aba, Pai.” Romanos 8:15,16 e Gálatas 4:6. Paulo esteve escrevendo a remidos, a pessoas que haviam confiado no poder do sangue do Senhor Jesus e que o tinham invocado. Isso não vale para alguém que não tenha aberto mão de sua presunção e de seu orgulho e que já não tenha admitido necessitar da eficácia do sangue do Filho de Deus. "Na verdade, na verdade vos digo quem quem ouve a minha palavra, e CRÊ naquele que me enviou, TEM vida eterna, e não entrará em condenação, mas PASSOU da morte para a vida." João 5:24.

Desta forma, o correto seria os elaboradores da Confissão Londrina terem publicado o seguinte: O mesmo poder que CONVENCE o mundo do pecado, da justiça e do juízo é o mesmo poder que consola o salvo diante das situações da vida. Todo aquele que é um salvo é pela Graça e somente pela Graça de Deus.

Aos remidos, graça e paz!


Metodistas, Batistas, Presbiterianos, Congregacionais e Luteranos já haviam se instalado no Brasil em meados do século XIX. Isso significa dizer que em 1910 essas denominações, tidas como tradicionais em oposição ao pentecostalismo, já estavam estabilizadas por aqui. Isso difere do pentecostalismo. Esse ramo chegou muito tarde neste país continente. Isto aconteceu em 1910, quando da chegada de Daniel Berg e Gunnar Vingren, ambos imigrantes da Suécia para os Estados Unidos, e lá foram influenciados pelo movimento avivalista do século XIX.

O ramo pentecostal implantado por Berg e Vingren aqui no Brasil foram as Assembleias de Deus. Antes deles, não se falava em “línguas” por aqui. Só que existe um detalhe importante a se perceber aqui: quando os missionários pentecostais chegaram nas terras brasileiras não trouxeram a Assembleia de Deus. Chegaram aqui com as ideias avivalistas norte-americanas na cabeça. Daniel Berg e Gunnar Vingren eram Batistas da igreja do pastor Durham, em Chicago.

Se você pertence à igreja Batista e sai de sua cidade para outra cidade, qual a igreja que você vai procurar? Claro, a tendência é procurar a igreja Batista. Foi exatamente isso que aconteceu com os missionários Daniel Berg e Vingren. Chegaram em Belém do Pará em 1910 e trataram logo de procurar uma igreja Batista. Como Berg e Vingren estavam vidrados na doutrina avivalista norte-americana que se resumia no batismo com o Espírito Santo, foram expulsos de sua denominação na primeira “manifestação espiritual”.

Os missionários saíram da igreja Batista, mas levaram consigo 19 irmãos. Pronto! Estava formado o grupo que daria início ao primeiro movimento pentecostal no Brasil com o nome de Missão da Fé Apostólica. Somente depois de 1918 é que os missionários suecos, discípulos do movimento avivalista do século XIX, deram o nome ao seu grupo religioso de Assembleia de Deus.

Consideração 1: As línguas estranhas começaram a ser faladas numa vigília ocorrida no final do ano de 1901 no estado do Kansas, Estados Unidos, por uma jovem chamada Agnez Ozman, que teve necessidade de lhe imporem as mãos em oração e, em seguida, falou em línguas estranhas. Era o começo do pentecostalismo nos EUA. Antes disso, tem-se que se reportar para o livro de Atos dos Apóstolos para se ouvir na história relatos de línguas estranhas. Pergunta-se: a língua estranha falada na época dos apóstolos, lá no século I da era cristã, era a mesma língua estranha falada por Agnes Ozman já no século XX nos Estados Unidos? Com a palavra os pentecostais ou os simpatizantes de plantão.

Consideração 2: As igrejas tidas como tradicionais como a Metodista, Batista, Congregacionais, Presbiteriano e Luterano não acreditavam na perenidade das manifestações espirituais ocorridas no dia de Pentecostes registradas no livro dos Atos. Nem tão pouco acreditavam no batismo com o Espírito Santo como segunda bênção como pregava o movimento avivalista nos Estados Unidos. Estariam Daniel Berg e Gunnar Vingren mergulhados no erro até descobrirem essa nova e serem expulsos da igreja Batista? Ou será que a igreja Batista é um grande erro porque insistiu em permanecer sendo Batistas, não fechando as portas, aceitando as ideias dos missionários que chegaram a Belém do Pará em 1910?

Consideração 3: Se quem está com a verdade é quem é mais antigo na história, em relação ao protestantismo, podemos dizer que todo movimento avivalista do século XIX e, consequentemente, o movimento pentecostal foi uma grande heresia por ter saído de dentro das igrejas tradicionais?

São questões de arrepiar os cabelos dos religiosos do pé roxo. Todas as considerações levantadas aqui estão sujeitas às condições levantadas acima. Mas que relevantes quanto ao teor de sua veracidade.

Aos remidos conscientes, graça e paz!


Alguém luta desesperadamente contra uma doença terminal. Procura todos os meios e todos os recursos para se ver livre de uma leucemia. Já desesperado, desenganado pelos médicos, no fundo do poço, de repente encontra o milagre. Somente um milagre poderia trazer a cura para quem viu sua esperança ir de ralo a baixo. Para quem foi desenganado pela ciência resta apelar para o sobrenatural, seja isso lá o que for. Pronto! O milagre aconteceu, o homem ficou curado da doença incurável.

Se você estiver pensando que o milagre partiu de dentro de alguma igreja neo-pentecostal, de dentro de algum movimento evangélico que cresce assustadoramente no Brasil e pelo mundo a fora, está enganado! A fonte desse “milagre” é o médium João de Deus, pelo menos é produzido por meio dele. João Teixeira de Faria, 69 anos, foi pedreiro, oleiro, tintureiro, garimpeiro, alfaiate. Agora vive exclusivamente para operar curas fantásticas por meio da mediunidade. O negócio é tão tremando que chamou a atenção da Norte Americana, a bilionária Oprah Winfrey. Oprah é apresentadora de um programa semanal nos Estados Unidos, O Super Soul Sunday. Ela, depois de meditar, rezar e assistir a cirurgias espirituais, disse sentir uma emoção indescritível durante as cerimônias. Quer dizer, curas, milagres, experiências místicas e muita emoção Winfrey presenciou. E tudo isso aconteceu fora dos templos evangélicos.

Cá, dentro do seio da cristandade, também acontecem curas. Como acontece também entre as religiões hindu e entre os budistas. Mas por aqui, no mundo cristão, falar em Jesus sem mencionar, sem gesticular, sem enfatizar as curas não se ouve um “glória a Deus”. Assim disse o apóstolo Paulo: “Porque, se alguém for pregar-vos outro Jesus que nós não temos pregado, ou se recebeis outro espírito que não recebestes, ou outro evangelho que não abraçastes, com razão o sofrereis.” 2 Coríntios 11:14. E como está em voga o jesus das curas! Se é vício, embriaguez, dor de cabeça, unha cravada, apela-se para o jesus das curas. E com isto, muitos pregadores do “evangelho”, ao invés de enaltecerem o nome do Salvador, são verdadeiros inimigos da cruz de Cristo. Porque falar que Jesus cura não é falar muito de Jesus. Olha João de Deus aí operando “maravilhas”! e em nome de quem?

Curas, milagres, maravilhas encontram-se em diversas fontes fora do Senhor Jesus. E os templos, centros e terreiros estão cheios por causa disso. Falar muito do Senhor Jesus é dizer que Ele salva da perdição eterna. E salvação eterna só tem uma fonte: o Senhor Jesus. Fora dele, pode bater; pode espernear; chorar e gesticular. “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.” Atos 4:12. Isso não chamou a atenção de Oprah Winfrey porque salvação é uma coisa, para ela e para muitos, que fica somente para depois da morte. E é tão incerta essa coisa de salvação, coisa de religioso não muito moderno. É! Como todo médium que se preza, João de Deus não confia na Palavra de Deus nem Oprah Winfrey. Nem tão pouco aqueles que vivem correndo a procura de curas e milagres a todo custo.

Se confiassem, saberiam que, quando o Senhor curava, fazia-o para mostrar aos judeus que Ele era o Messias de Deus: “E, quando aqueles homens chegaram junto dele, disseram: João o Batista enviou-nos a perguntar-te: És tu aquele que havia de vir, ou esperamos outro? E, na mesma hora, curou muitos de enfermidades, e males, e espíritos maus, e deu vista a muitos cegos. Respondendo, então, Jesus, disse-lhes: Ide, e anunciai a João o que tendes visto e ouvido: que os cegos veem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e aos pobres anuncia-se o evangelho.” Lucas 7:20-22. A máxima levantada pelo apóstolo Paulo foi que “Esta é uma palavra fiel, e digna de toda a aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal” I Timóteo 1:15. Como João de Deus não tem nada de Deus e não está nem aí para invocar o nome do Senhor Jesus, arrasta muita gente, a exemple de Oprah, casando e batizando como se em nome de Deus fosse, mas sem ter a aprovação do Eterno. Confiar no Senhor, não como mais um curador, mas como único Salvador é uma decisão inteligente, necessária e suficiente para quem costuma ser sábio e usar a razão.

Aos remidos conscientes, graça e paz!


1 - Todos os homens estão perdidos por causa de seus pecados e são naturalmente incapazes de ouvir, entender, desejar e aceitar o evangelho por si mesmos.


2 - Deus soberana e graciosamente escolheu na eternidade, os que seriam feitos recipientes da salvação.


3 - Jesus morreu na cruz para salvar aqueles que foram eleitos pelo Pai.


4 - O Espírito Santo chama eficazmente os que foram eleitos pelo Pai e remidos por Cristo.


5 - Todos os que foram eleitos pelo Pai, comprados por Cristo e regenerados pelo Espírito perseverarão até o fim.


Os cinco pontos levantados acima deveriam ser evidenciados para todos os remidos sinceros, aqueles que amam a verdade sobre todas as coisas, para não correrem o risco de cair em tamanha heresia. Se o nobre leitor não sabe o que são os Cinco Pontos Calvinista, existem sites a disposição que sobejam esse assunto (ainda bem que vivemos numa época em que o conhecimento não é escondido, não é velado, não é privilégio de um clã). Desta forma, evitaremos aqui mui delongas, tratados, arrazoados, teses, como se esse assunto fosse inédito. Nada disto! Vamos logo ao ponto dos Pontos.

1º Ponto – Esse funciona como um verdadeiro relógio antigo. Com suas peças bem fabricadas e trabalhadas, que chega a chamar a admiração de muitos, todavia, velho e quebrado. E todos sabem que um relógio quebrado estará certo duas vezes ao dia. É verdade que os homens estão perdidos por causa de seus pecados. Isto é chover no molhado. Mas, a afirmação de que os homens são naturalmente incapazes de ouvir, entender, desejar e aceitar o evangelho por si mesmos é conversa para tentar acalentar o boi e fazê-lo dormir. Se o homem fosse incapaz de, pelo menos, ouvir e entender o Evangelho da Graça soaria estranha, no mínimo, a afirmação do Senhor ao dizer: “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.” Marcos 16:15,16. O evangelho que é difícil de ouvir, entender e desejar é o evangelho dos Cinco Pontos Calvinista, evangelho totalmente diferente do Evangelho da Graça do Senhor Jesus. Se, no momento em que o Senhor ordenou o “Ide por todo mundo e pregai a toda criatura”, estivesse ali um calvinista do pé roxo, este tal discípulo de Calvino diria: “___ Ei, Senhor, estais enganado. Ir por todo o mundo será inútil, pois os homens são incapazes de, se quer, entender esse evangelho, quanto mais de aceita-lo”. Aos que defendem o 1º Ponto Calvinista, explique-se ao Senhor!

2º Ponto – Quem foi que disse que Deus, lá da eternidade, escolheu os que seriam feitos recipientes da salvação? Esta história não parece fabricada em laboratório particular? Claro que sim! E duvidamos quem já não tenha representado em peça teatral Deus na eternidade escolhendo quem gozaria da eternidade ou não. Isso é, para ficar somente no eufemismo, obra da carne. Contrariando os inventores desta coisa esquisita, diz a Palavra Daquele que “quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade (I Timóteo 2:4): “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” João 3:16. Ora, de uma só vez somos informados pelas Sagradas Letras que a vontade de Deus é salvar a todos porque ama a todos. Se Deus quer e Deus ama a TODOS, porque haveria de ESCOLHER ALGUNS? Essa teoria, se não for esquisita, é pura má fé e pretensão religiosa misturada com um certo tipo de inimizade com o que foi realizado na cruz. Misericórdia!

3º Ponto – Cabe aqui o ditado popular: se não fosse trágico, seria cômico! Não sabemos se é melhor rir com tanta comédia ou se chorar seria melhor devido a tanta desgraça junta. A afirmação feita no Ponto 3 do Calvinismos não cabe nem na cabeça de um alfinete, quanto mais na cabeça de um ser pensante. É por essas e outras coisas que o Cristianismo se transformou numa briga de foice no escuro. Se o Senhor morreu na cruz somente pelos “eleitos”, o sacrifício do Senhor teria falhado por não ser capaz de atingir todo aquele que apelasse para este sacrifício, tornando-se assim propiciação de quem invocasse o nome do Senhor. Mas graças a Deus que isto não combina com o caráter do Eterno. “Porque todo aquele que invocar o nome do SENHOR será salvo.” Romanos 10:13. Se o apóstolo Paulo afirmou, inspirado pelo Santo Espírito de Deus, que todo o que invocar o nome do Senhor será salvo, por quem estará sendo inspirado os que pregam que o sacrifício do Senhor não consegue atingir a todos? Ora, em que consiste o evangelho de Cristo se não no sacrifício perfeito realizado na cruz? Sabendo disso, afirmou o apóstolo: “Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego.” Romanos 1:16. E agora? O poder de Deus falhou a ponto de não poder alcançar a todos? De jeito nenhum! Vá de retro!

4º Ponto – O 4º Ponto Calvinista já é desespero de um desesperado. A despeito do Santo Espírito de Deus somos informados, não por Calvino e seu grupo, mas pelas Sagradas Escritura: “E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo.” João 16:8. O Espírito Santo não sai chamando e arrastando a força as pessoas por aí! A tarefa do Santo Espírito é convencer! E só se pode convencer alguém se este alguém não padecer de nenhum transtorno mental sendo assim capaz de ouvir, entender, desejar e aceitar o evangelho, diferentemente do que prega os Cinco Pontos Calvinista. Agora, somente se alguém levou uma pancada forte na cabeça ao ponto de atingir a parte responsável pela razão é que anda pregando um chamado irresistível, a força, por parte do Santo Espírito. Coisa pra lá de maluca criada no mais devaneio do fanatismo religioso.

5º Ponto – Neste ponto, podemos dizer que chegamos ao mito do Calvinismo. Mito no sentido mesmo que o Mito tem: narrativa fantasiosa de um fenômeno para o qual não se tem conhecimento suficiente para dominá-lo e desvendá-lo. Perguntas que valem a pena fazer: a salvação é um ato de fé confiança ou é um processo de perseverança? A salvação foi consumada de forma perfeita pela morte e ressurreição do Senhor ou ainda depende de uma perseverança que se dá ao longo da vida de um pré-determinado para a salvação? Não conhecer as Escrituras e achar que conhece leva a isso: ao erro! Onde está escrito que, para se ter a salvação eterna, é necessário perseverar até ao fim? Como querer merecer é coisa própria de incrédulo, esses tais se agarram em Mateus 24:13: “Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo”. Em Mateus 24:13 o Senhor falava de Sua vinda e não da salvação eterna. O contexto imediato está em Mateus 24:3: “E, estando assentado no Monte das Oliveiras, chegaram-se a ele os seus discípulos em particular, dizendo: Dize-nos, quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?”. Aliás, todo capítulo 24 e 25 de Mateus fala exclusivamente da vinda do Senhor em glória quando todo o olho O verá. “Aquele que persevera até ao fim”? Que fim? Aquele israelita que durante a grande tribulação descrita no versículo 21 do mesmo capítulo perseverar até ao fim desta tribulação será salvo. Mas salvo da morte física, descrita no versículo 22, e não salvação eterna. O versículo 13 do capítulo 24 de Mateus não fala e nunca falou de salvação eterna, pelo contrário, fala da salvação da morte física e somente para os filhos de Israel, que naquela época estarão na Judeia, Mateus 24:16. Todo aquele que um dia invocou o nome do Senhor como único e suficiente salvador pessoal não precisa andar perseverando para sua salvação. Isso se dá o nome de salvação pelas obras, coisa tão combatida pelos calvinistas. Termina nisso. Coisa própria de incrédulos dando uma de religioso.

Como se vê, o calvinismo tem muito que explicar diante dos olhos severos do Senhor. Seus tratados não valem. Seus concílios não valem. Suas bulas não passam de um tostão furado! Quem não deve não teme!

Aos remidos, graça e paz!


Se Deus nos tivesse entregue a essa babel de religiões que está aí estaríamos perdidos. Ainda bem que Deus não é de confusão. Existem religiões, credos, para tudo quanto é gosto. Para repetir uma expressão muito conhecida: pelas bandas daqui, no Ocidente Cristão, quem manda é o freguês. E a verdade parece ser a verdade de cada um. E o que é pior: fica parecendo que Deus aprova essas verdades religiosas, desde que falem em Jesus.

Claro! No mundo cristão, quem vai falar de Buda, Shiva ou Maomé? Quem se aventura em exaltar o nome de Calvino, Aemínio ou de Ellen Withe (há quem exalte)? Se a religião é o cristianismo, o nome tem que ser o de Cristo. E todos dizem amém! E os que advogam essas mentiras, advogam-nas em nome de Cristo. Sempre essas mentiras são travestidas de verdade, o que é bastante perigoso.

Uma dessas pérolas fabricadas dentro do chamado mundo cristão vem lá de dentro do calvinismo. Este movimento apregoa o que eles chamam de “Depravação total do homem”, condição em que o homem é incapaz de querer o bem, consequentemente, incapaz de invocar, pela própria vontade, o nome do Senhor. E para fazer valer esse argumento fundamentado em areia fofa, fazem-no em nome de Cristo.

Prezar o Evangelho da Graça é dizer o que Deus diria se pregasse. E será que Deus, o Todo Poderoso, diria que o homem é incapaz, absolutamente, de invocar o nome do Senhor Jesus para a vida eterna? E logo para a eternidade? Coisa estranha isso. Estranha não, esquisita! No desespero da mais alta ufania, a doutrina da predestinação fatalista é um dos pontos que contribui, neste mundo denominado cristão, para que o Senhor tenha o desprazer em dizer para sua Igreja: “Como dizes: ‘Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta (e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu)” Ap. 3:17.

Aos remidos, graça e paz!