1 - Todos os homens estão perdidos por causa de seus pecados e são naturalmente incapazes de ouvir, entender, desejar e aceitar o evangelho por si mesmos.


2 - Deus soberana e graciosamente escolheu na eternidade, os que seriam feitos recipientes da salvação.


3 - Jesus morreu na cruz para salvar aqueles que foram eleitos pelo Pai.


4 - O Espírito Santo chama eficazmente os que foram eleitos pelo Pai e remidos por Cristo.


5 - Todos os que foram eleitos pelo Pai, comprados por Cristo e regenerados pelo Espírito perseverarão até o fim.


Os cinco pontos levantados acima deveriam ser evidenciados para todos os remidos sinceros, aqueles que amam a verdade sobre todas as coisas, para não correrem o risco de cair em tamanha heresia. Se o nobre leitor não sabe o que são os Cinco Pontos Calvinista, existem sites a disposição que sobejam esse assunto (ainda bem que vivemos numa época em que o conhecimento não é escondido, não é velado, não é privilégio de um clã). Desta forma, evitaremos aqui mui delongas, tratados, arrazoados, teses, como se esse assunto fosse inédito. Nada disto! Vamos logo ao ponto dos Pontos.

1º Ponto – Esse funciona como um verdadeiro relógio antigo. Com suas peças bem fabricadas e trabalhadas, que chega a chamar a admiração de muitos, todavia, velho e quebrado. E todos sabem que um relógio quebrado estará certo duas vezes ao dia. É verdade que os homens estão perdidos por causa de seus pecados. Isto é chover no molhado. Mas, a afirmação de que os homens são naturalmente incapazes de ouvir, entender, desejar e aceitar o evangelho por si mesmos é conversa para tentar acalentar o boi e fazê-lo dormir. Se o homem fosse incapaz de, pelo menos, ouvir e entender o Evangelho da Graça soaria estranha, no mínimo, a afirmação do Senhor ao dizer: “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.” Marcos 16:15,16. O evangelho que é difícil de ouvir, entender e desejar é o evangelho dos Cinco Pontos Calvinista, evangelho totalmente diferente do Evangelho da Graça do Senhor Jesus. Se, no momento em que o Senhor ordenou o “Ide por todo mundo e pregai a toda criatura”, estivesse ali um calvinista do pé roxo, este tal discípulo de Calvino diria: “___ Ei, Senhor, estais enganado. Ir por todo o mundo será inútil, pois os homens são incapazes de, se quer, entender esse evangelho, quanto mais de aceita-lo”. Aos que defendem o 1º Ponto Calvinista, explique-se ao Senhor!

2º Ponto – Quem foi que disse que Deus, lá da eternidade, escolheu os que seriam feitos recipientes da salvação? Esta história não parece fabricada em laboratório particular? Claro que sim! E duvidamos quem já não tenha representado em peça teatral Deus na eternidade escolhendo quem gozaria da eternidade ou não. Isso é, para ficar somente no eufemismo, obra da carne. Contrariando os inventores desta coisa esquisita, diz a Palavra Daquele que “quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade (I Timóteo 2:4): “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” João 3:16. Ora, de uma só vez somos informados pelas Sagradas Letras que a vontade de Deus é salvar a todos porque ama a todos. Se Deus quer e Deus ama a TODOS, porque haveria de ESCOLHER ALGUNS? Essa teoria, se não for esquisita, é pura má fé e pretensão religiosa misturada com um certo tipo de inimizade com o que foi realizado na cruz. Misericórdia!

3º Ponto – Cabe aqui o ditado popular: se não fosse trágico, seria cômico! Não sabemos se é melhor rir com tanta comédia ou se chorar seria melhor devido a tanta desgraça junta. A afirmação feita no Ponto 3 do Calvinismos não cabe nem na cabeça de um alfinete, quanto mais na cabeça de um ser pensante. É por essas e outras coisas que o Cristianismo se transformou numa briga de foice no escuro. Se o Senhor morreu na cruz somente pelos “eleitos”, o sacrifício do Senhor teria falhado por não ser capaz de atingir todo aquele que apelasse para este sacrifício, tornando-se assim propiciação de quem invocasse o nome do Senhor. Mas graças a Deus que isto não combina com o caráter do Eterno. “Porque todo aquele que invocar o nome do SENHOR será salvo.” Romanos 10:13. Se o apóstolo Paulo afirmou, inspirado pelo Santo Espírito de Deus, que todo o que invocar o nome do Senhor será salvo, por quem estará sendo inspirado os que pregam que o sacrifício do Senhor não consegue atingir a todos? Ora, em que consiste o evangelho de Cristo se não no sacrifício perfeito realizado na cruz? Sabendo disso, afirmou o apóstolo: “Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego.” Romanos 1:16. E agora? O poder de Deus falhou a ponto de não poder alcançar a todos? De jeito nenhum! Vá de retro!

4º Ponto – O 4º Ponto Calvinista já é desespero de um desesperado. A despeito do Santo Espírito de Deus somos informados, não por Calvino e seu grupo, mas pelas Sagradas Escritura: “E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo.” João 16:8. O Espírito Santo não sai chamando e arrastando a força as pessoas por aí! A tarefa do Santo Espírito é convencer! E só se pode convencer alguém se este alguém não padecer de nenhum transtorno mental sendo assim capaz de ouvir, entender, desejar e aceitar o evangelho, diferentemente do que prega os Cinco Pontos Calvinista. Agora, somente se alguém levou uma pancada forte na cabeça ao ponto de atingir a parte responsável pela razão é que anda pregando um chamado irresistível, a força, por parte do Santo Espírito. Coisa pra lá de maluca criada no mais devaneio do fanatismo religioso.

5º Ponto – Neste ponto, podemos dizer que chegamos ao mito do Calvinismo. Mito no sentido mesmo que o Mito tem: narrativa fantasiosa de um fenômeno para o qual não se tem conhecimento suficiente para dominá-lo e desvendá-lo. Perguntas que valem a pena fazer: a salvação é um ato de fé confiança ou é um processo de perseverança? A salvação foi consumada de forma perfeita pela morte e ressurreição do Senhor ou ainda depende de uma perseverança que se dá ao longo da vida de um pré-determinado para a salvação? Não conhecer as Escrituras e achar que conhece leva a isso: ao erro! Onde está escrito que, para se ter a salvação eterna, é necessário perseverar até ao fim? Como querer merecer é coisa própria de incrédulo, esses tais se agarram em Mateus 24:13: “Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo”. Em Mateus 24:13 o Senhor falava de Sua vinda e não da salvação eterna. O contexto imediato está em Mateus 24:3: “E, estando assentado no Monte das Oliveiras, chegaram-se a ele os seus discípulos em particular, dizendo: Dize-nos, quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?”. Aliás, todo capítulo 24 e 25 de Mateus fala exclusivamente da vinda do Senhor em glória quando todo o olho O verá. “Aquele que persevera até ao fim”? Que fim? Aquele israelita que durante a grande tribulação descrita no versículo 21 do mesmo capítulo perseverar até ao fim desta tribulação será salvo. Mas salvo da morte física, descrita no versículo 22, e não salvação eterna. O versículo 13 do capítulo 24 de Mateus não fala e nunca falou de salvação eterna, pelo contrário, fala da salvação da morte física e somente para os filhos de Israel, que naquela época estarão na Judeia, Mateus 24:16. Todo aquele que um dia invocou o nome do Senhor como único e suficiente salvador pessoal não precisa andar perseverando para sua salvação. Isso se dá o nome de salvação pelas obras, coisa tão combatida pelos calvinistas. Termina nisso. Coisa própria de incrédulos dando uma de religioso.

Como se vê, o calvinismo tem muito que explicar diante dos olhos severos do Senhor. Seus tratados não valem. Seus concílios não valem. Suas bulas não passam de um tostão furado! Quem não deve não teme!

Aos remidos, graça e paz!


Se Deus nos tivesse entregue a essa babel de religiões que está aí estaríamos perdidos. Ainda bem que Deus não é de confusão. Existem religiões, credos, para tudo quanto é gosto. Para repetir uma expressão muito conhecida: pelas bandas daqui, no Ocidente Cristão, quem manda é o freguês. E a verdade parece ser a verdade de cada um. E o que é pior: fica parecendo que Deus aprova essas verdades religiosas, desde que falem em Jesus.

Claro! No mundo cristão, quem vai falar de Buda, Shiva ou Maomé? Quem se aventura em exaltar o nome de Calvino, Aemínio ou de Ellen Withe (há quem exalte)? Se a religião é o cristianismo, o nome tem que ser o de Cristo. E todos dizem amém! E os que advogam essas mentiras, advogam-nas em nome de Cristo. Sempre essas mentiras são travestidas de verdade, o que é bastante perigoso.

Uma dessas pérolas fabricadas dentro do chamado mundo cristão vem lá de dentro do calvinismo. Este movimento apregoa o que eles chamam de “Depravação total do homem”, condição em que o homem é incapaz de querer o bem, consequentemente, incapaz de invocar, pela própria vontade, o nome do Senhor. E para fazer valer esse argumento fundamentado em areia fofa, fazem-no em nome de Cristo.

Prezar o Evangelho da Graça é dizer o que Deus diria se pregasse. E será que Deus, o Todo Poderoso, diria que o homem é incapaz, absolutamente, de invocar o nome do Senhor Jesus para a vida eterna? E logo para a eternidade? Coisa estranha isso. Estranha não, esquisita! No desespero da mais alta ufania, a doutrina da predestinação fatalista é um dos pontos que contribui, neste mundo denominado cristão, para que o Senhor tenha o desprazer em dizer para sua Igreja: “Como dizes: ‘Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta (e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu)” Ap. 3:17.

Aos remidos, graça e paz!