Metodistas, Batistas, Presbiterianos, Congregacionais e Luteranos já haviam se instalado no Brasil em meados do século XIX. Isso significa dizer que em 1910 essas denominações, tidas como tradicionais em oposição ao pentecostalismo, já estavam estabilizadas por aqui. Isso difere do pentecostalismo. Esse ramo chegou muito tarde neste país continente. Isto aconteceu em 1910, quando da chegada de Daniel Berg e Gunnar Vingren, ambos imigrantes da Suécia para os Estados Unidos, e lá foram influenciados pelo movimento avivalista do século XIX.

O ramo pentecostal implantado por Berg e Vingren aqui no Brasil foram as Assembleias de Deus. Antes deles, não se falava em “línguas” por aqui. Só que existe um detalhe importante a se perceber aqui: quando os missionários pentecostais chegaram nas terras brasileiras não trouxeram a Assembleia de Deus. Chegaram aqui com as ideias avivalistas norte-americanas na cabeça. Daniel Berg e Gunnar Vingren eram Batistas da igreja do pastor Durham, em Chicago.

Se você pertence à igreja Batista e sai de sua cidade para outra cidade, qual a igreja que você vai procurar? Claro, a tendência é procurar a igreja Batista. Foi exatamente isso que aconteceu com os missionários Daniel Berg e Vingren. Chegaram em Belém do Pará em 1910 e trataram logo de procurar uma igreja Batista. Como Berg e Vingren estavam vidrados na doutrina avivalista norte-americana que se resumia no batismo com o Espírito Santo, foram expulsos de sua denominação na primeira “manifestação espiritual”.

Os missionários saíram da igreja Batista, mas levaram consigo 19 irmãos. Pronto! Estava formado o grupo que daria início ao primeiro movimento pentecostal no Brasil com o nome de Missão da Fé Apostólica. Somente depois de 1918 é que os missionários suecos, discípulos do movimento avivalista do século XIX, deram o nome ao seu grupo religioso de Assembleia de Deus.

Consideração 1: As línguas estranhas começaram a ser faladas numa vigília ocorrida no final do ano de 1901 no estado do Kansas, Estados Unidos, por uma jovem chamada Agnez Ozman, que teve necessidade de lhe imporem as mãos em oração e, em seguida, falou em línguas estranhas. Era o começo do pentecostalismo nos EUA. Antes disso, tem-se que se reportar para o livro de Atos dos Apóstolos para se ouvir na história relatos de línguas estranhas. Pergunta-se: a língua estranha falada na época dos apóstolos, lá no século I da era cristã, era a mesma língua estranha falada por Agnes Ozman já no século XX nos Estados Unidos? Com a palavra os pentecostais ou os simpatizantes de plantão.

Consideração 2: As igrejas tidas como tradicionais como a Metodista, Batista, Congregacionais, Presbiteriano e Luterano não acreditavam na perenidade das manifestações espirituais ocorridas no dia de Pentecostes registradas no livro dos Atos. Nem tão pouco acreditavam no batismo com o Espírito Santo como segunda bênção como pregava o movimento avivalista nos Estados Unidos. Estariam Daniel Berg e Gunnar Vingren mergulhados no erro até descobrirem essa nova e serem expulsos da igreja Batista? Ou será que a igreja Batista é um grande erro porque insistiu em permanecer sendo Batistas, não fechando as portas, aceitando as ideias dos missionários que chegaram a Belém do Pará em 1910?

Consideração 3: Se quem está com a verdade é quem é mais antigo na história, em relação ao protestantismo, podemos dizer que todo movimento avivalista do século XIX e, consequentemente, o movimento pentecostal foi uma grande heresia por ter saído de dentro das igrejas tradicionais?

São questões de arrepiar os cabelos dos religiosos do pé roxo. Todas as considerações levantadas aqui estão sujeitas às condições levantadas acima. Mas que relevantes quanto ao teor de sua veracidade.

Aos remidos conscientes, graça e paz!


Alguém luta desesperadamente contra uma doença terminal. Procura todos os meios e todos os recursos para se ver livre de uma leucemia. Já desesperado, desenganado pelos médicos, no fundo do poço, de repente encontra o milagre. Somente um milagre poderia trazer a cura para quem viu sua esperança ir de ralo a baixo. Para quem foi desenganado pela ciência resta apelar para o sobrenatural, seja isso lá o que for. Pronto! O milagre aconteceu, o homem ficou curado da doença incurável.

Se você estiver pensando que o milagre partiu de dentro de alguma igreja neo-pentecostal, de dentro de algum movimento evangélico que cresce assustadoramente no Brasil e pelo mundo a fora, está enganado! A fonte desse “milagre” é o médium João de Deus, pelo menos é produzido por meio dele. João Teixeira de Faria, 69 anos, foi pedreiro, oleiro, tintureiro, garimpeiro, alfaiate. Agora vive exclusivamente para operar curas fantásticas por meio da mediunidade. O negócio é tão tremando que chamou a atenção da Norte Americana, a bilionária Oprah Winfrey. Oprah é apresentadora de um programa semanal nos Estados Unidos, O Super Soul Sunday. Ela, depois de meditar, rezar e assistir a cirurgias espirituais, disse sentir uma emoção indescritível durante as cerimônias. Quer dizer, curas, milagres, experiências místicas e muita emoção Winfrey presenciou. E tudo isso aconteceu fora dos templos evangélicos.

Cá, dentro do seio da cristandade, também acontecem curas. Como acontece também entre as religiões hindu e entre os budistas. Mas por aqui, no mundo cristão, falar em Jesus sem mencionar, sem gesticular, sem enfatizar as curas não se ouve um “glória a Deus”. Assim disse o apóstolo Paulo: “Porque, se alguém for pregar-vos outro Jesus que nós não temos pregado, ou se recebeis outro espírito que não recebestes, ou outro evangelho que não abraçastes, com razão o sofrereis.” 2 Coríntios 11:14. E como está em voga o jesus das curas! Se é vício, embriaguez, dor de cabeça, unha cravada, apela-se para o jesus das curas. E com isto, muitos pregadores do “evangelho”, ao invés de enaltecerem o nome do Salvador, são verdadeiros inimigos da cruz de Cristo. Porque falar que Jesus cura não é falar muito de Jesus. Olha João de Deus aí operando “maravilhas”! e em nome de quem?

Curas, milagres, maravilhas encontram-se em diversas fontes fora do Senhor Jesus. E os templos, centros e terreiros estão cheios por causa disso. Falar muito do Senhor Jesus é dizer que Ele salva da perdição eterna. E salvação eterna só tem uma fonte: o Senhor Jesus. Fora dele, pode bater; pode espernear; chorar e gesticular. “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.” Atos 4:12. Isso não chamou a atenção de Oprah Winfrey porque salvação é uma coisa, para ela e para muitos, que fica somente para depois da morte. E é tão incerta essa coisa de salvação, coisa de religioso não muito moderno. É! Como todo médium que se preza, João de Deus não confia na Palavra de Deus nem Oprah Winfrey. Nem tão pouco aqueles que vivem correndo a procura de curas e milagres a todo custo.

Se confiassem, saberiam que, quando o Senhor curava, fazia-o para mostrar aos judeus que Ele era o Messias de Deus: “E, quando aqueles homens chegaram junto dele, disseram: João o Batista enviou-nos a perguntar-te: És tu aquele que havia de vir, ou esperamos outro? E, na mesma hora, curou muitos de enfermidades, e males, e espíritos maus, e deu vista a muitos cegos. Respondendo, então, Jesus, disse-lhes: Ide, e anunciai a João o que tendes visto e ouvido: que os cegos veem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e aos pobres anuncia-se o evangelho.” Lucas 7:20-22. A máxima levantada pelo apóstolo Paulo foi que “Esta é uma palavra fiel, e digna de toda a aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal” I Timóteo 1:15. Como João de Deus não tem nada de Deus e não está nem aí para invocar o nome do Senhor Jesus, arrasta muita gente, a exemple de Oprah, casando e batizando como se em nome de Deus fosse, mas sem ter a aprovação do Eterno. Confiar no Senhor, não como mais um curador, mas como único Salvador é uma decisão inteligente, necessária e suficiente para quem costuma ser sábio e usar a razão.

Aos remidos conscientes, graça e paz!