Quando batem as seis horas
de joelhos sobre o chão
O sertanejo reza a sua oração
Ave Maria

Mãe de Deus Jesus
Nos dê força e coragem
Pra carregar a nossa cruz


Esse é um dos versos criado por Luiz Gonzaga do Nascimento (Luiz Gonzaga) o rei do baião. Só para esclarecer, Luiz Gonzaga nasceu na cidade de Exu, Pernambuco, no ano de 1912 e morreu na capital, Recife, em 1989. Os versos acima, sem dúvida, o tornou imortal devido à carga poética que transcede o tempo. Todavia, existem inverdades grotesacas nessas linhas.
No mundo cristão se o nome a ser pregado não é o de Buda, ou de qualquer outra dinvindade do mundo pagão, e sim o de Cristo fica parecendo que se prega a mais pura verdade. Isso é tremendamente perigoso. Porque uma mentira com cara de mentira, ali declarada, é fácil identificá-la. Mas quando uma mentira vem com cara de verdade, travestida de verdade, aí sim, essa leva muita gente consigo. É o que acontece com os versos de Luiz Gonzaga na sua AVE MARIA SERTANEJA.


Primeira mentira travestida de verdade: Maria, mãe de Deus Jesus. Essa tem sido combatida a ferro e fogo pelo mundo evangélico. Claro, Maria não pode ser a mãe de Deus porque Deus é o Ser infinito, causa sem causa, ser incontigente, Criador de todas as coisas, Eterno, por isso, jamais criado ou gerado. Dizer que Maria é a mãe de Deus é pregar uma linguagem absurda. Se uso uma blusa branca e afirmo que ela é preta isso é falso porque ela, a minha blusa, poderia ser preta. Então o falso é aquilo que não é, mas que poderia ser. Mas se afirmo que as sombras da lua à noite é São Jorge montado em seu cavalo, lutando com um dragão que cospe fogo, essa minha afirmativa não pode ser falsa. Não pode ser falsa porque ela não pode vir a ser verdadeira. Ela é absurda. Então o absurdo é aquilo que não é e nem tão pouco pode vir a ser. Maria não é a mãe de Deus e nem tão pouco pode ser. Maria é criatura, Deus é criador. Maria é contingente, Deus é incontingente. Maria é um ser que possui causa, Deus é o ser sem causa. Então, a afirmativa “Maria, mãe de Deus” é absurda no sentido mesmo que a palavra carrega.

Segunda mentira travestida de verdade: Nos dê força e coragem pra carregar a nossa cruz. Essa tem sido, infelizmente, pregada e anunciada pelo mundo cristão, e mais especificamente, pelo mundo evangélico. Dizer que um remido pelo sangue do Senhor Jesus, agora, nestes tempos da graça, tem que carregar a sua cruz, é tão racional quanto querer alcançar o Sol usando asas de cera repetindo o sonho de Ícaro. Cruz, sempre foi síbolo de maldição. E é por isso que está escrito: “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro” Gálatas 3:13. Carregar cruz, depois que Cristo foi à cruz e lá se tornou maldito em nosso lugar, depois de tudo isso, carregar a cruz não combina com o evangelho da graça. Antes da cruz, todo aquele que quisesse ir após Ele, o Senhor Jesus, teria que tomar a sua cruz: “Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me.” Mateus 16:24. No Novo Testamento não existe a leve menção de uma cruz como sendo necessário ter que carregar. Não tem porque, tomar uma cruz e renunciar-se a si mesmo, a Lei já exigia e ninguém conseguiu acertar-se nesse mister. Somente o Senhor, repetimos. E é justamente por isso que Ele é salvador de pecadores, os quais, merecendo a condenação, foram substituídos na cruz pelo Senhor Jesus. Este sim, sendo justo (porque atendeu aos requisitos da santa, justa e perfeita Lei de Deus) foi à cruz livrando todo e qualquer pecador da culpa do pecado, desde que invoque o Seu nome.


Querer carregar uma cruz é não confiar no sacrifício perfeito do Senhor Jesus. O rei do baião parece demonstrar que não confiava. Muitos não confiaram. E mais gente continuam sem confiar. “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro”. Sabendo disso, porque insistir ainda em carregar uma cruz? Por que não depositar total confiança na cruz de Cristo? Como já se diz: É coisa própria de incrédulo querer merecer!

Aos remidos, graça e paz!

2 comentários:

Anônimo, obrigado pelo comentário (do dia 02/12) e por contribuir com este blog. Só para ficar claro, a postagem não tem intensão em dizer que Maria não é a mãe de Jesus. E quanto ao conteúdo do seu comentário, fica subtendido que Maria deu à luz a um deus. Sinceramente, um humano que gera um deus ainda não encontrei em nenhuma mitologia. Essa anomalia, acredito, não cabe na cabeça de um alfinete, imagina na cabeça de quem costuma pensar!

Na minha sincera e humilde opinião, ou vc ta perdido em seus próprios argumentos, ou ta fingindo que não entendeu.

Pq se vc não tem intensão de dizer que Maria não é a mãe de Jesus, então vc acredita que ela é, mas não acredita na divindade d'Ele (Jesus)??

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