Quem quer que maneje a Palavra do Altíssimo, tem que saber que os termos REINO DOS CÉUS e REINO DE DEUS apontam para situações diferentes. Este é um conhecimento primário, necessário, e todo aquele que ama a verdade deve dominar. Do contrário, trocará os pés pelas mãos. Foi o que aconteceu com o nobre Leandro Quadros. No afã de acertar a mira, errou do primeiro ao quinto.

No programa Na Mira da Verdade, exibido no dia 23/03/2012, Leandro Quadros foi questionado sobre Mateus capítulo 5 e versículo 19 e acabou por afirmar que, “os que são considerados menores no Reino dos céus, são assim considerados pelos que estão no céu”. E que, no versículo 20 do capítulo 5 de Mateus o Senhor teria afirmado que, “para entrar no céu, é necessário mais que a legalidade dos fariseus” (Veja o Vídeo clicando aqui!). É aquela velha história, se está na Bíblia está na Bíblia e cabe em qualquer lugar. Agora, pergunte se é possível montar uma bicicleta com um pneu de trator... Não dá! O que o Senhor ensinava lá, para os judeus, preceituado pela lei de Moisés porque antes da cruz, não cabe aqui depois do Senhor ter ido à cruz, derramado sua vida e de ter o Pai homologado o sacrifício de Seu filho ressuscitando-O dos mortos.

Pedimos ao leitor a devida atenção para os seguintes detalhes:

O primeiro evangelho a ser proclamado foi o Evangelho do Reino. Inicialmente por João Batista: “E, NAQUELES dias, apareceu João o Batista pregando no deserto da Judéia, E dizendo: arrependei-vos, porque é chegado o REINO DOS CÉUS.” Mateus 3:1 e 2. E depois por Jesus e seus discípulos: “E percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas suas sinagogas e pregando o EVANGELHO DO REINO, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo.” Mateus 4:23. “E percorria Jesus todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas deles, e pregando o EVANGELHO DO REINO, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo.” Mateus 9:35. “Jesus enviou estes doze, e lhes ordenou, dizendo: Não ireis pelo caminho dos gentios, nem entrareis em cidade de samaritanos; Mas ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel; E, indo, pregai, dizendo: É chegado o REINO DOS CÉUS.” Mateus 10:5-7.

Para distinguir melhor entre Reino dos Céus e Reino de Deus, o leitor deve fazer o seguinte confronto:

Mateus 5:3: “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o REINO DOS CÉUS”.

Lucas 6:20: “E, levantando ele os olhos para seus discípulos, dizia: Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o REINO DE DEUS.”

Mateus 19:14: “Jesus, porém, disse: Deixai os meninos, e não os estorveis de vir a mim; porque dos tais é o REINO DOS CÉUS.”

Marcos 10:14: “Jesus, porém, vendo isto, indignou-se, e disse-lhes: Deixai vir os meninos a mim, e não os impeçais; porque dos tais é o REINO DE DEUS”.

Lucas 18:16: “Mas Jesus, chamando-os para si, disse: Deixai vir a mim os meninos, e não os impeçais, porque dos tais é o REINO DE DEUS.”

Na verdade, existe uma aparente dificuldade em diferençar as expressões Reino dos Céus e Reino de Deus. Mas só através dos confrontos analíticos entre Mateus, Marcos e Lucas é que as aparentes dificuldades serão dissipadas.

É no evangelho de Lucas que vemos os subsídios que vão esclarecer a definição das duas expressões e demonstra que, a despeito de grafar sempre REINO DE DEUS, Lucas tinha em mente situações diferente. Perceba: “E, interrogado pelos fariseus sobre quando havia de vir o REINO DE DEUS, respondeu-lhes, e disse: o REINO DE DEUS não vem com aparência exterior. Nem dirão: Ei-lo aqui, ou: Ei-lo ali; porque eis que o REINO DE DEUS está entre vós.” Lucas 17:20 e 21. Ora, se o REINO DE DEUS não vem com aparência exterior, então a revelação do Filho do Homem com poder e grande glória não é e não significa REINO DE DEUS: “E haverá sinais no sol e na lua e nas estrelas; e na terra angústia das nações, em perplexidade pelo bramido do mar e das ondas. Homens desmaiando de terror, na expectação das coisas que sobrevirão ao mundo; porquanto as virtudes do céu serão abaladas. E então verão vir o Filho do homem numa nuvem, com poder e grande glória. Assim também vós, quando virdes acontecer estas coisas, sabei que o REINO DE DEUS está perto.” Lucas 21:25-27, 31. Justamente aqui, Lucas grafou REINO DE DEUS, mas tinha em mente o REINO DOS CÉUS. Perceba o leitor que, segundo o texto grafado por Lucas 17: 20 e 21, o REINO DE DEUS é totalmente subjetivo, quer dizer, está instalado dentro de cada remido. Já o REINO DOS CÉUS virá com aparência exterior, que será antecedido de vários sinais como os descritos em Lucas 21:25-27.

Ora, quando o Senhor Jesus anunciava o Evangelho do Reino dos Céus (especificamente Evangelho do Reino) tinha em mente a restauração do reino de Israel com a implantação do governo do Senhor sobre a Terra durante o qual o lobo com o cordeiro morarão juntos, o leopardo com o cabrito se deitará, um menino pequeno guiará tanto a ovelha quanto o bezerro e o filho de leão, Isaías 11:6-9. E não foi para isto que o Senhor Jesus nasceu? Assim consta: “E eis que em teu ventre conceberás, e darás à luz um filho, e por-lhe-ás o nome de Jesus. Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai, e REINARÁ ETERNAMENTE E O SEU REINO NÃO TERÁ FIM” Lucas 1:31-33. Foi justamente o estabelecimento deste reino anunciado primeiro por João Batista, depois por Jesus e em seguida pelos seus discípulos que o termo REINO DOS CÉUS apontava.

Como só pode haver testamento com a morte do testador, Hebreus 9:16 e 17, o Senhor Jesus não podia anunciar um Novo Testamento enquanto viva, sendo Ele próprio o testador da Nova Aliança, a tônica da mensagem do Evangelho do REINO era a lei de Moisés com todos os seus rigores. Para se entrar no Reino era exigido nada mais nada menos que justiça própria: “Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no REINO DOS CÉUS”, Mateus 5:20. Para participar do REINO DOS CÉUS, teoria sem prática era a mesma coisa que água de ralo abaixo: “Qualquer, pois, que violar um destes menores mandamentos e assim ensinar aos homens será chamado o menor no REINO DOS CÉUS”, Mateus 5:19. “Um destes mandamentos”! A que mandamentos o Senhor se referia? Aos mandamentos dados por Deus aos filhos de Israel por intermédio de Moisés. Não havia nada como: “Pela graça sois salvos”, Efésios 2:8 ou “Mas, àquele que não pratica, porém crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça”, Romanos 4:5.

O REINO DOS CÉUS não deve ser confundido com o REINO DE DEUS nem confundido com o CÉU. Nem o EVANGELHO DO REINO ser confundido com o EVANGELHO DA GRAÇA. Teimar nisso é desconsiderar conhecimentos primários da Palavra de Deus e considerar mais sua vaidade, sua “teologia”, seu movimento religioso do que a própria verdade de Deus. Pelo que se vê, Leandro Quadros errou e a mira passou longe da verdade.

Aos remidos, graça e paz!


Nas Sagradas Escrituras, que é o que interessa, não nas escrituras de Calvino nem nas escrituras de Spurgeon é claro, consta o seguinte: “A vontade de Deus é que todos os homens sejam salvos e venham ao pleno conhecimento da verdade” I Timóteo 2:4. Aqui, vê-se a presença de duas grandes verdades que abalam o coração de muitos pregadores da coisa esquisita que eles chamam de “predestinação”. Porque ambas as verdades aqui contidas detonam com essa teoria, a teoria da predestinação fatalista, criada por Calvino e sua turma. A primeira grande verdade é a verdade resultante do incomensurável amor de Deus. Ele simplesmente quer que todos os homes sejam salvos, nada mais. E não haveria de querer se já houvesse determinado que só alguns chegariam à luz. Deus não é moleque para prometer algo que Ele mesmo já houvera tornado impossível. Daí dizer que Deus já determinou alguns para a bênção e outros deixou ao acaso é querer manchar o caráter Daquele que não se deixa escarnecer! Deus amou ao mundo, a todos do mundo, e os queria salvos. Se era de Sua vontade que todos os homens fossem salvos, então nunca teria escolhido uns e desprezado os demais. Por causa desta verdade, o que tem de pregadores da predestinação fatalista querendo arranjar um jeitinho (o jeitinho brasileiro, talvez) de interpretar o texto de I Timóteo 2:4 ao seus ajustes não está na história.

A segunda grande verdade é que Deus quer que todos os salvos cheguem ao pleno conhecimento da verdade. A maioria dos remidos tem conhecimento de algumas verdades e às vezes demonstram algumas profundidades, mas esta não é a vontade de Deus. Sua vontade é que os remidos tenham pleno conhecimento da verdade. Muitos satisfizeram a primeira verdade contida no texto de Timóteo, mas não quiseram prosseguir em conhecer a verdade. é verdade que não exista alguém que conheça a verdade em sua plenitude, mas existem remidos que não se dão por vencidos e que, a cada dia, caminha em direção a esta plenitude sabendo que são aprazíveis a Deus nesse intento. A oposição a uma doutrina contrária à Bíblica, cruel e antagônica ao caráter de Deus, não poderia revelar em ninguém o conhecimento pleno da verdade e nem um conhecimento elementar.

A coisa chamada de Predestinação Fatalista é de todo insustentável. Se a Predestinação for uma verdade, por que teria alguém de orar pelo seu marido? Se este tal já foi eleito será salvo, mas se não foi não adianta orar pelo tal. Eis aí um nó que deixa muitos defensores da tal predestinação de dedos calejados, complicado de desatar. Se alguns já foram eleitos, determinados, predestinados, antes mesmo de alguém nascer, qual sentido do “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura”, se quem já foi eleito será salvo, nem que o papagaio lhe entregue a mensagem? Será que a pregação só faz sentido porque não se sabe a quem Deus escolheu? E o próprio Deus não o sabe? Defender uma mentira do tamanho da Predestinação Fatalista requer ginásticas mentais enormes e vista grossa para muitas escrituras que definem o contrário, isto é, que Deus amou a todos e a todos deu a mesma chance.

Sem saber como sair da camisa de força que é insistir nessa pregação do mundo cego, muitos se enrolam e se contorcem para não admitirem que, se admitindo essa “verdade” criada em laboratório particular como verdade, muitos perdidos chegariam do lado de lá da existência se gloriando: “só estou aqui porque fui rejeitado e não me deram chances de escolha”. Mas que barbaridade. Mas que absurdo de “evangelho”. Isso nunca foi evangelho. O evangelho da Graça do Senhor Jesus não comunga com essas obras da carne, com essas heresias. Deus, sábio que é, jamais admitirá que um pecador venha a alegar tal coisa. Que honra teria Deus abandonando tais pecadores à perdição? Pobres pregadores da tal Predestinação Fatalista! Terão que ter habilidade de sobra para desatar esse nó diante da justiça do Eterno!

Aos remidos, graça e paz!


Natanael Rinaldi é um apologista (aquele que vive para defender a fé de forma racional). E além de ser apologista, ele também é um dos maiores combatentes no Brasil do movimento Adventista. Rinaldi publicou em 25 de março de 2012, no site do Centro Apologético Cristão de Pesquisas (CACP), uma entrevista intitulada “‘A Grande Esperança’ ou mais uma heresia?”, que trata de uma análise do livro “A Grande Esperança” de autoria de Ellen G. White. Dentre muitas afirmações por parte de Rinaldi a respeito desta obra, destaca-se: “as citações da Bíblia contidas no livro parecem apoiar os ensinos estranhos do Adventismo”, o sábado “é apontado como meio para ganhar a vida eterna”, “os Adventistas não guardam o sábado”, e o apologista termina por rejeitar o livro A Grande Esperança. Aí não deu outra, alfinetou Leandro Quadros e seu grupo, que acabou expondo “o seu grande conflito”.

Para rebater as afirmações do apologista Natanael Rinaldi, Leandro Quadros se valeu, não das Escrituras Sagradas, mas da Sra. Ellen White e afirmou:

“Além do mais, se Rinaldi realmente conhecesse o livro O Grande Conflito, saberia que, para Ellen White e os adventistas, muitos observadores do domingo que foram sinceros, e viveram de acordo com a luz que receberam, estarão no céu: ‘Mas os cristãos das gerações passadas observaram o domingo, supondo que em assim fazendo estavam a guardar o sábado bíblico; e hoje existem verdadeiros cristãos em todas as igrejas, não excetuando a comunhão católica romana, que creem sinceramente ser o domingo o dia de repouso divinamente instituído. Deus aceita a sinceridade de propósito de tais pessoas e sua integridade’”.

Ora, muitos “observadores” do domingo estão no céu? É possível viver sem observar o sábado e ir para o céu? Conforme a afirmação de Leandro Quadros, para Ellen White e os adventistas sim! Isso não é contradição? Não é entrar num “Grande Conflito” no desespero em defensa daquilo que já foi resolvido na cruz? E se por ser sincero, mesmo trocando o sábado pelo domingo (o que seria abominável perante a Lei de Moisés), e vivendo de acordo com a luz que recebem é possível ir para o céu, por que tanta confusão com apenas um dos 613 mandamentos da Lei de Moisés dada por Deus aos filhos de Israel?

Parece que Leandro Quadros se enrolou e acabou criando um monstro maior que o monstro criado por Ellen White. Se enroscou com o sábado e o domingo para defender “A Grande Esperança” confusa. Para desfazer essa confusão, esqueceu, ou não quis, mostrar que “O fim da Lei é Cristo para a JUSTIÇA de todo aquele que crê” Romanos 10:4 e que “Cristo nos resgatou da maldição da Lei, fazendo-se maldição por nós” Gálatas 3:13, e que ainda “Nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” Romanos 8:1 etc. Essa sim é a grande esperança: Cristo Jesus. Fora sábado, fora domingo, fora Ellen White, todos fora! Apontar o Senhor Jesus como único e SUFICIENTE meio para a salvação é dizer a verdade que Deus diria se aqui pregasse e evidenciar a única esperança legítima. Fora isso, é castelo construído em areia movediça!

Aos remidos, graça e paz!