“O corredor levava para dentro da casa onde só eram admitidas pessoas íntimas. Uma ampla sala de jantar, com oito janelas envidraçadas se abrindo para o poente e uma outra janela solitária, que se abria para o sul. As janelas eram protegidas pela sombra de uma velha trepadeira que, à noite, se transformava em passarela de gambás. (...)
E havia os quartos enormes, em fila. Era preciso atravessar o primeiro para ir ao segundo, e pelo primeiro e o segundo se se desejava ir ao terceiro. (...)

Era um fascínio andar por aqueles quartos, salas, corredores, escadas. Mas o que me fascinava era um quarto proibido, trancado o tempo todo, onde ninguém entrava. Em outros tempos, quando a casa estivera cheias de filhos e de empregadas, todos os quartos eram quartos normais, simplesmente. Mas aconteceu o que sempre acontece: os filhos se casaram, os tempos de vacas magras chegaram, foram-se as empregadas, morreram os pais, só ficaram três filhas solteironas. Sem uso, aquele quarto foi transformado em depósito de coisas velhas, onde não entrava vassouras nem espanador, porque não era preciso.

Era proibido entrar nele e a chave enorme ficava escondida. Eu compreendo a proibição. Para as tias, o quartão era o lugar das coisas feias, da poeira que se acumulava, das teias de aranha. Menino não devia brincar num lugar como aquele.
Era proibido entrar nele e a chave enorme ficava escondida...
Mas para mim era o quartão do mistério...”
O texto acima está entre aspas porque é de Rubem Alves. O título é O quarto do mistério. Foi publicado em seu site www.rubemalves.com.br. Meu fascínio por esse texto é que na Bíblia existe um quarto do mistério. Dentro dele existem coisas fantásticas, encantos, coisas grandes demais para mim. Muita gente proíbe de eu entrar nele. Dizem que nele existe segredos tão grandes que não competem a nós mortais descobrir. Ficam de fora achando coisas. Lançam-se numa dúvida tão grande que dizem até que lá dentro do quarto do mistério está cheio de letras e vivem dizendo que “a letra mata”. Se vocês me permitem, vou abrir a porta desse quarto: “E, se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria; mas, por causa dos escolhidos, serão abreviados aqueles dias.” (Mat. 24:22). Quanta gente fica arrepiada diante dessas letras. Mas elas são inofensivas. Pelo contrário, me dão prazer. Tive coragem e entrei nesse quarto. E lá dentro, por traz das coisas esquecidas, estava o mistério que me encantou: Deus abreviará os dias de grande tribulação para o povo de Israel em cinco dias. Mas antes de chegar a “o que são os dias abreviados”, temos que acender a luz dos quarto, ter coragem de mexer no imexível e quebrar com o mito de que, por ser misterioso, é proibido saber.
“E, se aqueles dias não fossem abreviados...”. Eis um verdadeiro quarto onde a entrada é proibida. Mas, para mim, o que me atrai a ele é o mistério que me convida a desvendá-lo. Se eu tivesse existido antes de Copérnico, talvez nunca tivesse entrado nesse quarto. Seria impossível encontrar as chaves (lembre-se de que o clero romano medieval guardava as verdades bíblicas as sete chaves). Copérnico feriu a Terra ao colocar o Sol no centro do universo. Ele nos entregou a chave e agora podemos entrar no quarto do mistério. Logo ao entrar nesse quarto encontramos dias determinados. Vi que não tinha assombração.
O Deus Eterno não está encurtando duração dos dias porque Copérnico mostrou ao mundo, sem querer?, que o planeta Terra para dar uma volta ao redor do Sol dura 365 dias. São as leis estabelecidas por Deus. Nem mais nem menos. Dentro do quarto, lá pelo meio, tinha um armário grandão cheio de casa de aranha por que estava trancado dentro do quarto. Mesmo se estivesse fora ninguém ousaria mexer nele porque ele causa espanto pelo seu tamanho. Muitos o chamam de “armário da escatologia”. Mas as coisas terríveis dentro do grande quarto se mostrou para mim como moldura das coisas encantadas. Avistei uma porta que tinha um nome: 42 meses. Abri a porta e encontrei três gavetas ordenadas: um tempo, tempos e metade de um tempo (Dn. 12:2). 42 meses? Sim, 1260 dias para o anticristo proferir grandes coisas e blasfêmia, Ap. 13:5. Três anos e meio. Para Copérnico? Não, para Daniel. Para Copérnico três anos e meio corresponde a 1277 dias e meio. É que Copérnico considerava o espaço cósmico; Daniel considerava a profecia. Um ano profético tem 360 dias. Mas já se viu que o Eterno não vai encurtar a duração de um dia que é de 24 horas. Tem que haver 7 anos de grande tribulação. Por que 7 anos? Teríamos que vasculhar o quarto inteiro para descobrir por que 7 anos de grande tribulação. Minha intenção é mostrar que não faz medo entrar no quarto do mistério.
A primeira metade de 7 anos durará 1260 dias. A segunda deveria durar 1295 dias para completar 7 anos segundo a contagem de Copérnico: 7 anos corresponde a 2555 dias. Só é multiplicar 7 por 365. Mas por que Daniel disse que a segunda metade de 7 anos duraria 1290 dias ao invés de 1295 (Dn. 12:11)? Ai que fascínio! Como é belo o quarto do mistério! Fascina a você? Então pode entrar! Eis aqui vos apresento o mistério: Deus abreviará os dias de grande tribulação para os filhos de Israel em 5 dias. Ao invés de 2555 dias serão 2550 dias, sendo a última metade de 1290 dias de grande tribulação. Quantos mitos lançados sobre esse quarto! Quantos medos! Quantas previsões! Mas a Bíblia é realista, não trabalha com fantasias. Haverá uma perseguição, haverá uma tribulação tão grande em Israel que se o Eterno não tivesse abreviado os dias em sua quantidade (5 dias abreviados) e jamais em sua duração (a duração de um dia de 24 horas para menos que isso) nenhuma carne, nenhum judeu escaparia da morte, das garras do anticristo. Existe uma máxima filosófica que diz: “Quem sabe matemática descobre os segredos dos deuses”. Só é multiplicar, dividir, somar e subtrair os dias determinados para Israel que o mistério é desvendado, que a verdade vem à tona e o nome do Eterno é glorificado!
A chave para abrir o quarto: 1260 dias + 1295 dias = 2555 dias que equivale a 7 anos. 7 anos corresponde a última semana profética para o povo de Israel. 1260 dias = 1ª metade da última semana profética. 1295 dias = 2ª metade da última semana profética para o povo de Israel. Totaliza 2555 dias: 7 anos. IMPORTANTE: Mas a 2ª metade da última semana profética não será de 1295 dias e sim 1290 dias! Neste caso, 2550 dias! Por que 5 dias a menos? São os dias abreviados a que Jesus se referiu! 5 dias a mais, nenhuma carne se salvaria.
Aos remidos, graça e paz!

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