Uma das mais recentes “pérolas” encontradas no Blog CincoSolas foi a seguinte pergunta: “Criança tem pecado? E se morrer na infância?”. Para conquistar o público leitor, o autor da matéria lançou duas alternativas:

1. Todas as crianças que morrem na infância são eleitas, e por isso salvas extraordinariamente por Deus; 

2. Somente parte das crianças que morrem na infância são eleitas e 

a) podemos ter certeza com relação aos filhos de pais crentes; ou 

b) não podemos ter certeza com relação a nenhuma delas especificamente. 

Todo calvinista é assim: vive no mundo da incerteza. São muitas as ginásticas elaboradas para tentar resolver um problema, quando esse problema contraria as doutrinas de Agostinho e de Calvino, claro! Dizer que uma criança não é inocente diante de Deus é de uma heresia sem medidas! Dizer que uma criança merece o inferno, isso é um tremendo esforço para ser contra o evangelho! O Todo Poderoso não haveria de compartilhar com esse pensamento beirando ao macabro.
E por não terem segurança, os calvinistas vivem assim, cheios de hipóteses, de alternativas como escolhas, no mundo do vago, do "mistério de Deus". Onde está dito que o inferno está cheio de crianças? Somente nos oráculos dos calvinistas! Se as Escrituras dizem que "todos pecaram", pecaram somente os que pecaram, e só pode pecar quem é responsável perante o mandamento "...porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçarás." Romanos 7:7.
O autor da postagem, por não aguentar mais se esticar nos seus arrazoados, optou por dizer que todas as crianças são salvas quando morrem, perfeito, embora a esquisitice venha depois "por serem salvas por Deus extraordinariamente". Salvas do quê? E estavam perdidas? Como? Quando? Nasceram assim? Culpa de quem? Misericórdia! As crianças são "réus do fogo do inferno"? Um réu que não sabe o que praticou? Qual o crime? Não dá para acreditar nessa maluquice, dá?
Agora eu tenho uma perguntinha muito pessoal, para todos os calvinistas de plantão: Se o autor da postagem optou pela alternativa 1 "Todas as crianças que morrem na infância são eleitas, e por isso salvas extraordinariamente por Deus", e já que elas são "pecadoras" e "merecedoras do inferno", por que o Todo Poderoso não fez assim também com os adultos? Ele teria elegido a todos (já que Ele ama a todos) e salvado a todos extraordinariamente, pronto! Por que não o fez? 

Aos remidos, graça e paz!

A fé reformada, mais precisamente aqueles calvinistas incondicionais, afirma que os definitivamente perdidos não podem ser alcançados pela salvação porque esta só foi assegurada aos “eleitos”. Daí surge a pergunta: Cristo morreu e ofereceu-se a Si mesmo como sacrifício a Deus para tornar a salvação de todos os homens possível, ou Ele ofereceu-Se como sacrifício para assegurar infalivelmente a salvação de Seu povo?

Bem, teríamos duas perguntas básicas a fazer, e sendo assim, mostrar que este ponto da fé reformada não está resolvido: quais foram os critérios que o Eterno se utilizou para eleger os eleitos? E: conforme as Sagradas Letras, quem é o povo de Deus? Se for demonstrado evidências para essa duas questões as coisas certamente serão resolvidas.

“Quais foram os critérios que o Eterno se utilizou para eleger os eleitos?” Dúvidas que não querem calar: Sendo Deus infinitamente amor, por que não elegeu a todos indistintamente para a salvação? Teria prazer o Todo Poderoso dar a chance de salvação para somente alguns deixando a maioria em tormento? O sacrifício do Senhor na cruz não foi suficiente eficaz para salvar todo e qualquer um que o invocasse? A Bíblia fala de um “Deus” assim? Qual a culpa que o homem teria se lhe fosse negada a possibilidade dele invocar o nome do Senhor para a salvação, já que ele está impossibilitado por não ser um eleito? E o que dizer do “Ide” do senhor Jesus? Estaria o Senhor prometendo uma coisa a todos quando na verdade esta coisa estaria reservada a poucos? Cristo torna infalível a salvação de poucos determinados ou torna infalível a salvação de qualquer um que o invoque? O mundo conheceu um salvador ou o Senhor não é salvador, mas somente de alguns? Etc, etc, etc...

“Quem é o povo de Deus?” Todo estudante da Bíblia sincero e que é temente a Deus sabe de pronto que o povo de Deus é Israel: “E Eu vos tomarei por meu povo, e serei vosso Deus; e saberei que eu sou o SENHOR vosso Deus, que vos tiro de debaixo das cargas dos egípcios” Êxodo 6:7. Mas, vamos que vamos: Se todos os salvos são povo de Deus, eles se tornaram povo de Deus antes de serem salvos ou somente depois de serem salvos? Só!


Como se pode perceber, o calvinismo prega uma coisa tão esquisita que é de arrepiar as suas afirmações!

Aos remidos, graça e paz!