Imaginemos: dois animais famintos submetidos a mesma situação. O primeiro come o alimento e em poucos segundos morre esticado e se debatendo por a comida estar envenenada, enquanto o segundo animal presencia toda a cena. Solto o segundo animal faminto, diante do alimento envenenado, qual será sua reação? Certamente comerá do alimento contaminado e, tal qual o primeiro animal, morrerá pelos efeitos do antídoto. E com o homem, aconteceria o mesmo? Dois homens famintos. Um deles observa a ação do primeiro que se alimenta e em seguida morre envenenado. E agora? O segundo homem procederá da mesma forma? Só se tiver levado uma pancada muito forte na cabeça ao ponto de ter atingido os neurônios. Caso contrário, de forma nenhuma o fará. Eis o livre arbítrio, o poder de decidir entre o comer ou não comer o alimento que contém veneno.
Suponhamos o homem e a mulher sem o poder de decidir por si próprios. Querer, como única hipótese, a lei não teria sentido (Lembra o povo de Israel? Teve a oportunidade de querer ou não querer guardar a lei do Senhor. Ex. 19:5 etc.). Por outro lado, não querer como única hipótese, a lei seria supérflua. Portanto, o só fato da obrigação supõe e demonstra a liberdade. A liberdade de escolha, em relação às coisas divinas, está evidenciada em “Ide por todo mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado” Mc. 16:15 e 16. Que Deus, a inteligência infinita, conhece de toda a eternidade todos os nossos atos futuros, é absolutamente verdade. Isto está dito em Romanos 8:29 em relação aos REMIDOS. Ora, o que Deus prevê acontecerá necessariamente e tal qual o prevê. Só que, UM DETALHE IMPORTANTE, ser visto ou previsto são denominações extrínseca que NÃO determinam a natureza do objeto, mas a supõem, e que, por conseguinte, os nosso atos NÃO existem porque Deus os prevê, mas que, pelo contrário, Deus os prevê porque serão e tais quais serão. Saulo foi arrastado por uma forte luz a caminho de Damasco, At.9:1-8. Todavia, somente na casa de Ananias, depois de ter ouvido a cerca do evangelho da graça do Senhor Jesus, é que o varão Saulo teve a opção de escolher entre invocar o nome do Senhor e não invocar. Atos 22:16. Se Saulo não tivesse o poder de decidir entre invocar e não invocar o nome do Senhor, qual o sentido da pergunta de Ananias: Por que te deténs? Que respondam os defensores de uma inexistente “Predestinação Fatalista”! “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo. 3:16). Admitir aqui que “todo” diz respeito apenas a alguns é tão “racional” quanto dizer que “todos” de “todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” diz respeito a alguns, querendo dizer com isso que só alguns pecaram. Coisa para além de irracional!

0 comentários:

Postar um comentário