Saulo de Tarso foi criado aos pés do extraordinário rabino Gamaliel, vale lembrar. Preparado para defender a fé judaica até as últimas consequências. Isto ele fazia! Vivia para enaltecer o judaísmo, cujos valores foram dados pelo próprio Deus de Israel. Saulo não estava agarrado a nenhuma divindade pagã. Saulo seguia para Damasco, capital da Síria, por ordens do sumo sacerdote para trazer preso a Jerusalém qualquer que professasse o nome do Senhor Jesus. Saulo servia a Deus perseguindo o próprio Senhor. Para sua época, Saulo era mestre entre os judeus: falava várias línguas; conhecia como ninguém e procurava colocar em prática a lei de Deus; era instruído quanto a filosofia greco-romana. Deus, o Grande Eu Sou, não aparecera para qualquer um no caminho que dava para Damasco. E como ainda não havia palavra escrita do Novo Testamento, tinha que ser assim: debaixo de um resplendor de luz, caiu Saulo perante o senhorio do Senhor.

Só que tem um detalhe muito importante, Saulo não foi arrastado para debaixo da graça ali, no caminho de Damasco. O que se passou com Saulo naquele acminho foi uma experiência mística, algo extraordinário que não se aplica à experiência física. Experiência mística não salva e nunca salvou ninguém. Se assim fosse, todos deveriam correr para onde existem manifestações ditas espirituais. Por que Saulo foi instruído pelo Senhor a entrar em Damasco? Já não estava tudo certo? Nada estava certo ainda! Saulo não recebera a justificação, o perdão, a salvação, a adoção de filho ali na esplendorosa luz. Somente já em Damasco, à rua chamada Direita, na casa de Judas, Ananias manda Saulo invocar o nome do Senhor, Atos 22:16. Até então, depois de tudo que acontecera, até mesmo depois de Ananias revelar para Saulo que o Eterno havia de antemão o designado para que conhecesse a Sua vontade (e não designado para a salvação), para que visse o Justo bem como ouvisse a sua voz, depois de tudo isso Saulo continuava resistindo a tão grande apelo. “Por que te deténs? Levanta-te, e batiza-te, e lava os teus pecados, INVOCANDO O NOME DO SENHOR” Atos 22:16. A responsabilidade de invocar o nome do Senhor cabia a Saulo. E ele, sabiamente, o fez. A responsabilidade de decisão pertencia a Saulo: por que te deténs? Invoca já!

Somente quem se apega a revelações extras, a movimentos religiosos tradicionais, a teses de reformadores, vive considerando seus arrazoados indiscutíveis. A tarefa de conversão pertencia a Saulo. Isto está tão claro quanto a luz que Saulo viu! O Senhor não anda por aí aparecendo para alguém em esplendorosa luz, não é mesmo? O que aconteceu com Saulo foi uma coisa excepcional. Deus tinha propósitos na vida de Saulo que se estendiam para o mundo. Agora, Saulo teria que parar de resistir e, mais que isso, Saulo teria que invocar o nome do Senhor! O Senhor requereu de Saulo o que era possível ele fazer: confiar! E Saulo depositou confiança no Senhor! Aí sim, Deus o justificou. “Ora, sem fé é impossível agradar a Deus” Hb 11:6. Se a fé confiança depositada no Senhor Jesus como único e suficiente Salvador não fosse de inteira responsabilidade de Saulo de Tarso ou de qualquer pecador que esteja morto em seus delitos e pecados, como advogam os pregadores da coisa inventada por Calvino e sua turma, que culpa teria esse miserável pecador em desagradar a Deus? Concordando com os pregadores da coisa asquerosa – aquela que ensina que Deus da eternidade já determinou quem participaria da salvação e quem Ele deixaria a míngua – não seria Deus responsável por tanta miséria salvando uns e condenando a outros? De um deus assim, nos livre Deus!

Inteligente que era, e inspirado pelo Santo Espírito de Deus, o apóstolo Paulo afirmou: “Porque TODO aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” Romanos 10:13. Somente os “eleitos”? Não! TODO e qualquer um! Qualquer argumento contrário a isso não passa de pura invencionice religiosa de fabricação caseira!




Aos remidos, graça e paz!



Michel Blanco, editor sênior do Yahoo! Brasil e mestre em Relações Internacionais (PUC-SP), declarou para o mundo, na matéria O pastor e o poste, conhecer pouco das Escrituras Sagradas. Isto não é novidade. Desde a antiguidade, os povos: gregos, egípcios, medos e persas, romanos e caldeus desconheciam por completo a Palavra do Grande Eu Sou. Isso tem uma causa: Deus, o Eterno, não deu Sua Palavra para ninguém, a não ser somente para o povo judeu. Assim foi registrado: “Mostra a sua palavra a Jacó, os seus estatutos e os seus juízos, a Israel. Não fez assim a nenhuma outra nação; e, quanto aos seus juízos, nenhuma os conheceu.” Salmos 147:19,20. Todavia, como o cristianismo é uma religião que tem suas raízes no judaísmo, e muitos por serem cristãos costumam arbitrarem sobre interpretações várias das Escrituras, mesmo declarando abertamente não terem competência para tal coisa, Michel Blanco brilhou em sua matéria até sua estrela não ser ofuscada pelo despreparo para interpretar as coisas eternas reveladas através das Sagradas Letras.


“Mas, até onde eu sei Jesus é um exemplo de humanismo e compreensão. Pelo visto, até hoje o cara estaria à frente de nosso tempo”, disse o editor sênior do Yahoo! Brasil. E Michel Blanco sabe de quê das Escrituras? Para ele, o Senhor Jesus não passava de um humanista, um altruísta, um exemplar a ser seguido quando o assunto é amor pelo outro. E o que é pior, no devaneio de Blanco, a humanidade hoje poderia estar à frente de Jesus, já que dispomos de recursos que os contemporâneos de Jesus não possuíam. Quando alguém dá uma de intelectual e moderno, dá nisso: um atropelo com consequências irreversíveis. Michel Blanco não está só neste barco furado. Com ele, vão os adeptos de Allan Kardec, os seguidores de Ellen White, o Clero Romano, os advogados da salvação pela perseverança (salvação gangorra – aquela que vai e vem) e todos aqueles que têm suas religiões por ópio. Dentro desse caldeirão religioso, não era de se esperar o contrário de Michel Blanco. Aparentando não acreditar nas crendices pregadas aqui neste velho país religioso, Blanco não teve como não se influenciar por um raio de “luz” da sabedoria cristã.

Mas, ainda bem que estes conceitos não combinam com o caráter justo do Justo. Deus não enviou Seu Filho para ser modelo para seu ninguém! Todavia, o Senhor teve que cumprir o modelo que a Lei de Deus exigia. Se o Deus que criou o Universo e que arquitetou o plano da salvação com toda sabedoria e prudência tivesse mandado seu Unigênito para servir de modelo, qual o sentido de Ele ter morrido, e morrido no vitupério da cruz? Não faria sentido nenhum! Todavia, os que têm Jesus como modelo consideram o sacrifício da cruz como sem sentido e escândalo. Contrariando tudo quanto é sabedoria religiosa e secular, o Deus que é fonte de toda sabedoria e causa sem causa da contingência humana, considerou o sacrifício do Senhor Jesus e homologou esse sacrifício ao ressuscitar Jesus dos mortos! Todos estes: reis, sábios, religiosos e não religiosos - parece ser o caso de Michel Blanco - terão que fitar os olhos Daquele que não se deixa escarnecer e responder em que se basearam para andarem dizendo que Jesus veio deixar modelo de vida para quem quisesse segui-lo. É uma lástima que homens tenham sabedoria para críticas aos costumes sociais, mas não tenham sabedoria para argumentar as questões vitais da Palavra de Deus.


Aos remidos, graça e paz!