Muitas afirmações que ventilam no mundo chamado cristão, muitas vezes, se tornam cômicas. Se não fosse o grau de fanatismo ou o grau de perversidade nestas afirmações poderíamos até dizer que o cristianismo é feito de brincadeiras justamente naquilo que deveria ser construído com seriedade. E uma dessas afirmações cômicas, que muitas vezes se transformam em tragédias, está na tradicional crença de que o apóstolo Paulo tenha se convertido a caminho de Damasco. Judeu da gema, zeloso de Deus, ao ponto de o fanatismo judaico cegar-lhes os olhos, tanto que não recebeu o Senhor Jesus como o Messias de Deus, pediu cartas para as sinagogas de Damasco a fim de levar à prisão todos quantos declaravam Jesus como Senhor e Cristo (At. 9:2). E foi a caminho da capital da Síria que Saulo caiu por terra sob o brilho de uma luz e uma voz que lhe dizia: “... Saulo, Saulo, por que me persegues?” (At. 9:4). Saulo, sábio que era, logo reconheceu que aquela voz só poderia ser de alguém que estava acima de todos os poderes constituídos, ao ponto de exclamar “Senhor!”. Só não reconhecia a procedência da voz: “quem és”. “Quem és tu, Senhor?” (At. 9:5). Essa foi a exclamação do apóstolo.




Ali, a caminho de Damasco, o apóstolo dos gentios sofreu uma experiência mística, uma experiência sobrenatural. Só que existe aí um detalhe extremamente importante: experiência mística, experiência sobrenatural não resolve e nunca resolveu problema de ninguém no que se refere à vida eterna. Tanto é que o Senhor deu a Saulo às coordenadas de tudo quanto ele deveria fazer: “...mas levanta-te e entra na cidade, e lá te será dito o que te cumpre fazer.” (At. 9:6). Foi ali, em Damasco, na casa de Judas, que o apóstolo Paulo tomou a decisão que o tornou remido pelo sangue do Cordeiro. Disse Ananias a Paulo: “Agora por que te demoras? Levanta-te, batiza-te e lava os teus pecados, invocando o seu nome.” (At. 22:16). Só uma única alternativa necessária e suficiente, para que Paulo de criatura passasse para a posição de filho de Deus: invocou o nome do Senhor, e isto na casa de Judas e não a caminho de Damasco.




Tornamos a dizer: experiência mística não resolveu o problema do apóstolo Paulo e nem resolve o de ninguém no que se refere à eternidade. Pode ser até que resolva nas questões financeiras, no relacionamento familiar, na reforma de condutas morais, tire alguém do vício e outras coisas da vida daqui. Mas, falando sério, quando se tratar das coisas do além, da eternidade a fora, só o sangue do Cordeiro, só a invocação do nome do Senhor Jesus, e em termos eternos.




Aos remidos, graça e paz!

1 comentários:

Muito do que se tem hoje dentro das igrejas é conversão ou experiência mística?

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