Estava Daniel orando quando o Senhor enviou-lhe o anjo Gabriel para mostrar ao povo de Israel o que não mostrou a nenhuma outra nação, isto é, o que dali para frente estaria para acontecer aos filhos de Israel. Ali, foi revelado que setenta semanas estavam determinadas sobre o povo de Israel e sobre Jerusalém “para extinguir a transgressão, e dar fim aos pecados, e expiar a iniqüidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e ungir o Santo dos santos” (Dn. 9:24).

No livro O TERCEIRO MILÊNIO de Alejandro Bullón, página 33, está escrito a respeito da profecia das Setenta Semanas: “A profecia fala de uma semana a mais (sete dias proféticos = sete anos), que nos leva do ano 27 d.C. até o ano 34 d.C., quando o apóstolo Estêvão foi apedrejado pelo povo judeu e, com isso, o tempo de Israel estava acabado.”. Que desgraça! Para Alejandro a profecia de Daniel capítulo 9 já teve seu cumprimento na sua totalidade. Só mesmo para defender uma coisa fabricada por ele mesmo que ele chama de doutrina.

Para se ter certeza de que essa profecia ainda não foi cumprida na sua totalidade, só é fazer as seguintes indagações: desde quando a transgressão foi extinta e os pecados tiveram fim? Desde quando a justiça eterna foi implantada? Vê-se por aí que a profecia não teve seu total cumprimento. Tentar dizer o contrário é nadar contra a maré. Há quem acredite também que o príncipe, que há de vir, do versículo 26 de Daniel capítulo 9 seja o Senhor Jesus. Falando sério, dá para acreditar nisso? Como poderia ser Jesus o príncipe que haveria de vier se Ele, Jesus, seria tirado no término da 69ª semana? (Dn. 9:25). Como firmaria uma aliança com muitos de Israel no início da última semana se Ele seria tirado antes da última semana ter o seu início? Ademais, duas personagens são mencionadas no texto: o Messias (o Príncipe, Jesus) e o príncipe do povo que destruiu Jerusalém e o Templo de Salomão.

É coisa para desesperado insinuar que o povo de Israel destruiria sua própria cidade, Jerusalém. E que, além disso, destruiriam o Templo que, sem dúvida, é a edificação mais amada e respeitada por todo israelita. Sabem todos que Jerusalém foi destruída no ano 70 pelo povo romano sob o comando de Vespasiano e depois sob o comando do seu filho, o general Tito, tendo a destruição se consumado no dia 26 de setembro daquele ano, enquanto Jesus morreu no ano 34. E se foram os romanos o autor da destruição do Templo e de Jerusalém, então o príncipe que há de vir é o príncipe do povo romano e não o príncipe do povo de Israel.

Errar neste ponto é enveredar por caminhos tortuosos onde não há luz. E como tem pessoas distantes da luz! Inclusive Alejandro Bullón e seus seguidores.

Aos remidos, graça e paz!

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