Por
que grande parte dos cientistas não acredita nas palavras da religião? É porque
se acreditassem, seriam religiosos e não homens da ciência. Esses homens da
ciência pensam que aqueles que não passaram pela educação científica, os homens
comuns, são como sonâmbulos: caminham envolvidos por uma nuvem de ilusões e
equívocos que não os deixam ver a verdade. Míopes. Cegos. Veem as coisas de
cabeça para baixo. E por incapacidade cognitiva mesmo. E essa é a razão pela qual os cientistas ouvem as palavras da religião com um sorriso
condescendente (não só eles, mas todos que acreditam serem modernos demais).
Tudo
se passa, no jogo da ciência, como se Deus não existisse... Se é daí que partem
os cientistas, como poderiam eles acreditar naqueles que passam o tempo todo
agarrados a um Livro Sagrado e possuem a ingenuidades de orar? Muitos
considerados sábios demais para darem ouvidos aos que pautam suas vidas nas
coisas sagradas agem como no famoso julgamento em que o juiz gritava: “A
sentença primeiro, o julgamento depois”. Enlouqueceram tal qual o magistrado
doido que queria ser mais real que o rei.
Mas
a ciência tem suas insônias, seus buracos, seus sofrimentos sem fim. Pode ser
que a ciência não acredite em deuses, mas que bom se eles existissem! Isso
tranquilizaria o coração da ciência, dos moderninhos. Porque toda ciência, e
todo moderninho de plantão, envelhece, decai, some. Em nome da técnica, do
conhecimento empírico, das universidades, do meio acadêmico, despreza-se um conhecimento
tão distante, tão diferente da sabedoria científica. O que seria para um
“iluminado” do século XXI ouvir: “Todo aquele que invocar o nome do Senhor será
salvo”? Seria loucura, seria placebo!
Aos remidos, graça e paz!