“Porque,
não tendo eles ainda nascido, nem tendo feito bem ou mal (para que o propósito
de Deus, segundo a eleição, ficasse firme, não por causa das obras, mas por
aquele que chama), foi-lhe dito a ela: o maior servirá o menor. Como
está escrito: Amei a Jacó, e odiei a Esaú.” Romanos 9: 11-13.
Os
pregadores da coisa esquisita, a Predestinação Fatalista, agarram-se à
declaração feita pelo Senhor Deus “Amei a Jacó, e odiei a Esaú” para provar o
improvável: a escolha de certas pessoas em particular dentre a massa comum de
pecadores para sua própria possessão. Se alguém se atrever a perguntar quais
foram os critérios utilizados por Deus para tal escolha, ouve-se um tremendo: é
mistério, coisa que o vaso não deve perguntar ao oleiro. E se alguém duvidar desse
delírio de Agostinho e seus seguidores, pondo a responsabilidade de invocar o
nome do Senhor Jesus sobre o pecador, como está revelado nas Sagradas
Escrituras, dizem os calvinistas de plantão que a soberania de Deus é tirada,
como se isso fosse possível. É como se os pensadores do século XV e XVI
tivessem a palavra final sobre as revelações de Deus para os homens. Ainda bem
que Deus não nos entregou a essa babel de confusões!
“Amei mais a Jacó do que a
Esaú”. Como o Deus da Bíblia poderia odiar uma criatura que nem mesmo se quer
havia nascido? E como entrariam em coerência tais palavras com o que está
escrito em Deuteronômio 32: 3 e 4: “Porque
apregoarei o nome do SENHOR; engrandecei a nosso Deus. Ele é a Rocha, cuja obra
é perfeita, porque todos os seus caminhos justos são; Deus é verdade, e não há
nele injustiça; justo e reto é”. Justo e reto? Abandonando e odiando um feto,
um recém-nascido? Impossível isto!
E
qual o significado então de ter ele aborrecido a Esaú? É simples! Deus prometera
a Abraão que sua descendência seria abençoada e através dela seriam abençoadas
todas as famílias da Terra. E o Senhor anteviu, porque Ele é Deus, Ele anteviu
em Esaú um indivíduo de personalidade frágil, de caráter dúbio, vacilante,
imprestável para ser o pai da nação que daria ao mundo o Salvador, o Messias. Deus
optou por Jacó, cujo significado é Trapaceador. E a Bíblia não esconde as
mazelas de Jacó enganando o próprio irmão, Gn. 27: 6-36, e enganando a Labão,
seu sogro, Gn. 30: 37-46. Mas tratava-se de alguém de caráter forte e destemido
e não profanava aquilo que era santo, como o direito de ser o primogênito, como
fez Esaú, Gn. 25: 29-34 e Hb 12: 16 e 17. Além do que, a escolha de Jacó em
detrimento com Esaú, não tem nada haver com a eternidade, com predestinação. Jacó
foi escolhido para uma missão na Terra. E isto Deus fez porque tratava com o
seu povo, Israel. Não está dito em lugar nenhum da Bíblia que Esaú foi
abandonado à própria sorte nas questões da eternidade.
Como
se vê, os pregadores daquilo que não existe terão que ter panos pras mangas
para se explicar diante dos olhos severos do Senhor!
Aos
remidos, graça e paz!