Para se tornar o Salvador de pecadores o Senhor Jesus teria, necessariamente, que ensinar e praticar a Lei com todos os seus preceitos. E teria que viver a Lei de forma perfeita. No início do seu ministério, aos judeus (a quem pregava o evangelho do reino e não o evangelho da graça), já houvera dito: “Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus.” Mateus 5:19. Essa sequência não poderia deixar de ser seguida. Ensinar sem conseguir cumprir seria sujar a água para beber depois.

Neste complicado contexto, o Senhor fez uma severa afirmação: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha; E aquele que ouve estas minhas palavras, e não as cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia” Mateus 7:21, 24, 26. Que dureza o evangelho do reino. O evangelho que anunciava aos filhos de Israel o reino dos céus, e não o reino de Deus. Isso porque, como ainda não havia o evangelho da graça, como o evangelho da graça ainda não era uma realidade, valia para os que estavam debaixo da lei (os judeus) os rigores da lei. E foi isto que o Senhor lhes deu. E não foi a lei dada apenas ao povo israelita?! (“Mostra a sua palavra a Jacó, os seus estatutos e os seus juízos a Israel. Não fez assim a nenhuma outra nação; e quanto aos seus juízos, não os conhecem. Louvai ao SENHOR.” Salmos 147:19 e 20). O Senhor ratifica: “E ele, respondendo, disse: Eu não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel.” Mateus 15:24.

Ao ensinar, as palavras do Senhor tinham endereço certo: os filhos de Israel. E foi preceituado pela lei de Moisés que o Senhor chegou a dizer: “Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus. Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas. Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem.” Mateus 5:19 e Mateus 7:12 – 14. Claro está que porta estreita, caminho apertado, nunca foi entrada para a graça salvadora. A porta estreita mencionada pelo Senhor dizia e diz respeito aos rigores da santa, justa e perfeita lei de Deus.

O evangelho anunciado pelo Senhor exigia do homem justiça própria: “Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus.” Mateus 5:20. E essa justiça teria que ter o padrão de nada mais nada menos que a lei dada por Deus aos filhos de Israel com todos os seus 613 mandamentos. E isto de forma perfeita até o último jota e até o último til.

O Senhor Jesus nasceu sob a lei, Gálatas 4:4. E se ele violasse um dos mais pequenos mandamentos não seria salvador. Foi por isso que, ainda na vigência do antigo pacto, afirmou: “Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim ab-rogar, mas cumprir.” Mateus 5:17. E cumpriu! E é por isto que ele é Salvador de pecadores. Quem prega a porta estreita e o caminho apertado como condição para a segurança e salvação do homem é tão racional quanto chamar um urubu de meu louro só por conta que este e aquele possuem penas. Todos que assim pregam ignoram que o Novo Testamento teve início na morte e ressurreição do Senhor Jesus.

A segurança do crente, e de qualquer um que o queira, não está na porta estreita e nem no caminho apertado. Entrar pela porta estreita e trilhar pelo caminho apertado somente o Senhor Jesus o fez! Todos que tentaram e tentam trocam os pés pelas mãos. A segurança do crente, e de qualquer um que o queira, está no sangue derramado pelo Senhor. Aí sim, existe escape, existe segurança eterna! Ensinar a porta estreita, caminho apertado como palavra de segurança é errar do primeiro ao quinto. É demonstrar que não entendeu a mensagem preciosa do evangelho da graça do Senhor Jesus. Mas tem muita gente que teima por trilhar por um caminho apertado, muitas vezes criado pelo grupo religioso do qual faz parte. Estes amam mais sua religião por ser “histórica” do que mesmo a verdade. Quando fitarem os olhos do Senhor, vão ter que se explicar!

Graça e Paz!

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